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Política de governador bolsonarista tem três das maiores chacinas do Rio

Em operação no Complexo do Alemão, Zona Norte, na quinta-feira, 21, a PM confirma 18 mortos. Moradores denunciam a morte de uma mulher nesta sexta-feira, 22

Por Adriana Cruz Atualizado em 22 jul 2022, 15h09 - Publicado em 22 jul 2022, 13h40

A política de segurança do governador bolsonarista Cláudio Castro, do PL, coleciona três das cinco maiores chacinas da história do Rio de Janeiro no período de 14 meses. Castro assumiu o comando do Palácio Guanabara em 1º de maio de 2021, no lugar de Wilson Witzel, que sofreu impeachment acusado de corrupção e era conhecido por defender o “tiro na cabecinha”. Naquele mesmo mês, houve a ação policial no Jacarezinho que resultou em 28 mortos, entres eles a de um policial civil.

Considerada a quinta operação mais letal das polícias com base em dados do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI-UFF), a ação no Complexo do Alemão, Zona Norte da Cidade, nesta quinta-feira (22), acabou em 18 mortos, entre eles uma moradora e um policial militar, que deixou três filhos – dois autistas. Na manhã desta sexta-feira, 22, moradores da região denunciaram o assassinato de uma moradora que teria sido durante ação da PM. A corporação nega e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Entre 2007 e 2021, segundo monitoramento do Geni-UFF, ocorreram 602 chacinas policiais na Região Metropolitana do de Janeiro, em que foram mortos 2.423 civis e 19 policiais. Apenas este ano, já foram registradas 17 chacinas com o envolvimento de policiais e o registro de 86 mortos. “O estado atua deliberadamente chancelando massacres sem empenho para combater a letalidade. O uso de câmeras nos uniformes de policiais começou pelos batalhões menos letais”, analisou Carolina Grillo, coordenadora de pesquisas do Geni/UFF.

Veja a lista das maiores chacinas do Rio

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Dados do Geni/UFF sobre as maiores chacinas do Rio de Janeiro -
Dados do Geni/UFF sobre as maiores chacinas do Rio de Janeiro – (GENI/UFF/Reprodução)

O Complexo do Alemão foi transformado em um cenário de guerra com trocas de tiros e rajadas de criminosos  contra o helicóptero da polícia. Em duas horas de atuação, a munição de agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da PM, foi toda consumida. Em meio aos confrontos que duraram 13 horas, os moradores carregaram mortos e feridos para unidades de saúde próximas à região. A operação foi deflagrada para combater quadrilhas que roubam veículos e segundo a PM 16 vítimas têm ficha criminal. Desde de 2020, em razão da pandemia, o Supremo Tribunal Federal impôs regras para a realização de operações policiais para reduzir a letalidade no estado, entre elas, a de que o Ministério Público seja informado com antecedência.

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