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Polícia investiga morte suspeita antes de operação no RJ

Por Da Redação
20 dez 2011, 17h56

Por Pedro Dantas

Rio de Janeiro – Um dos gerentes do tráfico do Morro da Coruja, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, flagrado em negociação de propinas com policiais militares, foi morto dois dias antes da operação “Dezembro Negro”, que prendeu o comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar, o ex-árbitro de futebol Djalma Beltrami, e 10 policiais do Grupamento de Ações Táticas (GAT). A Polícia Civil vai investigar se a morte de Rafael Rosa Guimarães, conhecido como Mexicano ou Chacal, em troca de tiros com a PM foi “queima de arquivo”, pois ele seria testemunha da negociata.

De acordo com a Polícia Militar (PM), na sexta-feira, por volta das 16 horas, o comandante do 7º BPM, tenente-coronel Djalma Beltrami, determinou uma operação no Morro da Coruja, onde um homem morreu em uma troca de tiros com a PM e cinco foram presos. O óbito foi registrado como auto de resistência (morte em confronto com policiais). A vítima foi identificada como “Mexicano”. Segundo a PM, ele trocou tiros com os agentes e fugiu para um matagal onde morreu.

Após a morte do traficante, Beltrami pediu que a 74ª Delegacia de Polícia realizasse perícia no local. No entanto, os peritos informaram que só poderiam ir à favela no dia seguinte. Uma equipe da Polícia Civil foi até o local e recolheu o corpo, por volta de 2h30 de sábado. A coincidência da morte dois dias antes da operação que prenderia os policiais chamou a atenção da Corregedoria Geral Unificada, que vai analisar o caso e acompanhar a investigação da Divisão de Homicídios de Niterói. Uma das hipóteses é que houve vazamento da operação. O comandante da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, negou e informou em nota que soube da “Dezembro Negro” na manhã da segunda-feira, quando a operação já estava em andamento.

Responsável pela investigação do crime e pela operação “Dezembro Negro”, o delegado Alan Luxardo, titular da Divisão de Homicídios de Niterói, está sob proteção de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core). O perfil violento dos policiais do GAT do 7º BPM ficou conhecido após a execução da juíza Patrícia Acioli, morta com 21 tiros, no dia 12 de agosto. Segundo o Ministério Público, o mandante foi o então comandante do batalhão, o coronel Claudio Oliveira. Ele confiou a missão ao tenente Daniel Santos Benitez Lopes, chefe do GAT, que comandou dois cabos e sete soldados para a execução do crime. Todos foram presos. Preso ontem, o tenente-coronel Beltrami havia substituído o coronel Oliveira com a missão de promover uma faxina dos maus policiais no batalhão.

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