A Polícia Civil investiga a participação de um terceiro jovem no planejamento do atentado à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (Grande São Paulo), que deixou um rastro de dez mortos – cinco estudantes, duas funcionárias da escola, o dono de uma concessionária de veículos (no caminho para a escola) e os dois autores do massacre, Guilherme Taucci, de 17 anos, e Luiz Henrique Castro, de 25.
A apreensão do terceiro suspeito – que tem 17 anos de idade – já foi pedida. Ele foi reconhecido por meio de fotos por uma testemunha depois de participar, entre os dias 21 e 25 de fevereiro, de encontros com Taucci e Castro em um estacionamento a duas quadras da escola. Esse local foi utilizado como uma espécie de “QG” para o planejamento do ataque, segundo as investigações. A dupla que invadiu a escola ia com frequência ao estacionamento, geralmente na madrugada, e ficava lá por algumas horas. Sempre carregavam uma mala.
O dono do estacionamento, Eder Alves, entregou à polícia os registros de entrada e saída do local (confira a imagem abaixo). “Na maioria das vezes, eles chegavam por volta da meia-noite e ficavam lá até 4 horas da manhã (o estacionamento funciona 24 horas)”, disse Alves. Na última semana, um dos atiradores pediu a ele que deixasse o carro encostado na parede, escondido da vista das câmeras. As imagens já foram entregues à polícia. Alves já conhecia Guilherme, porque, apesar de ser menor de idade, ele levava os carros da concessionária do tio ao local.
![Registro de entrada e saída do carro em Suzano](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/03/registros-carro-suzano-20190314-001.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
No total, os jovens pagaram em espécie 300 reais pelo estacionamento por 15 dias. O carro utilizado na ação, um Onyx branco, foi retirado do local na noite de sexta-feira, 7. Ele voltaria a aparecer na frente da escola Raul Brasil nesta quarta-feira.