Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

PF faz ação contra fraude na importação de equipamentos médicos

Operação Equipos cumpre 62 mandados de busca e apreensão e 19 de condução coercitiva em 44 municípios de 19 estados; investigação conta com apoio dos EUA

Por Da Redação
2 ago 2017, 12h47
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Polícia Federal desarticulou nesta quarta-feira, na Operação Equipos, uma organização criminosa que contrabandeava equipamentos de diagnóstico médico por meio Aduana de Controle Integrado (ACI) em Dionísio Cerqueira (SC). Estima-se que, apenas em tributos diretos, a sonegação pode chegar a R$ 20 milhões.

    Publicidade

    Aproximadamente 250 policiais federais cumprem 62 mandados de busca e apreensão e 19 de condução coercitiva em 44 municípios e 19 estados (SC, AL, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MS, MG, PA, PB, PR, PI, RJ, RS, RO, SP, SE) expedidos pela Justiça Federal de São Miguel do Oeste (SC). A investigação conta ainda com o apoio de autoridades americanas, que realizaram interrogatório em Fort Myers, em ação com cooperação internacional..

    Publicidade

    A investigação que deu origem à  Equipos começou em 2013 com a apreensão de carga com tomógrafos, mamógrafos e outros equipamentos de alto valor comercial, avaliada em aproximadamente 3 milhões de reais, sendo 2 milhões de reais em tributos sonegados.

    Durante o inquérito policial, verificou-se que, entre 2011 e 2015, o grupo criminoso importou de forma irregular ao Brasil outras 12 cargas de equipamentos médicos, remetidas dos Estados Unidos, via trânsito aduaneiro por meio do Chile e da Argentina. Após a liberação pelas autoridades argentinas, as cargas desapareciam. Porém, notas fiscais emitidas pelo grupo comprovam que tais equipamentos ingressaram no Brasil e foram revendidos para clínicas, hospitais e intermediários de diversas regiões do país.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Após a apreensão da carga em outubro de 2013, o grupo passou a registrar as importações de equipamentos médicos no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), porém, como equipamentos tipográficos e com declaração subfaturada de apenas 10% do valor real, o que permitiu obter isenção dos impostos de importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), além da redução de outros tributos, causando prejuízos milionários à União. A descrição incorreta da mercadoria também liberava o grupo da necessidade de obter licença prévia de importação e de fiscalização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    A PF investiga empresários e pessoas jurídicas do ramo de exportação e importação, revendedores, clínicas, hospitais, despachante aduaneiro, além de um doleiro responsável pelo repasse de recursos ilícitos ao grupo.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Também é apontado como integrante do grupo um servidor da Receita Federal em Dionísio Cerqueira (SC), que teria recebido dinheiro para facilitar a ação da quadrilha. Os principais integrantes do grupo criminoso também foram investigados na Operação Shylock (deflagrada em 2015 com o objetivo de desarticular quadrilhas que importavam mercadorias de forma ilegal), e respondem a ação penal perante a Justiça Federal.

    Os envolvidos serão indiciados por corrupção ativa e passiva, associação criminosa, contrabando, facilitação ao contrabando e falsidade ideológica.

    Publicidade

    (Com Agência Brasil)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.