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Operação no Rio revela elo entre milícia e tráfico

25 pessoas foram presas, entre vereadores, policiais militares e membros da Polícia Civil, do Exército e da Marinha

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 dez 2010, 20h54

A Polícia Civil do Rio de Janeiro desarticulou, nesta terça-feira, a quadrilha de milicianos mais bem estruturada do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Durante a operação, chamada “Capa Preta”, 25 pessoas foram presas, sendo dois vereadores, 13 policiais militares, quatro ex-PMs, um comissário da Polícia Civil, um sargento do Exército, um fuzileiro naval, um ex-fuzileiro e dois bandidos.

Através de escutas telefônicas, nas quais os envolvidos aparecem negociando armas, a polícia concluiu que há relação entre eles e os bandidos do Complexo do Alemão. De acordo com o delegado titular da Draco, Cláudio Ferraz, a operação foi importante para mostrar que a milícia e o tráfico mantêm uma conexão. Em uma única negociação com os bandidos do Complexo do Alemão, os milicianos lucraram 70.000 reais.

A megaoperação foi realizada por cerca de 200 policiais e teve a coordenação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE). Também participaram homens do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, Fuzileiros Navais, Exército e as Corregedorias Internas das Polícias Civil e Militar.

O objetivo dos agentes era cumprir 34 mandados de prisão preventiva e 51 mandados de busca e apreensão em 57 endereços, inclusive na Câmara Municipal de Duque de Caxias. A ação foi possível depois de a quadrilha ser estudada durante seis meses. O bando é o mais antigo da região, onde atuava desde 2007. As investigações indicam que o grupo praticava homicídios coletivos, torturas, lesões corporais graves, extorsões, ameaças, constrangimentos, injúrias e ocultação e destruição de cadáveres.

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A polícia acredita que os vereadores Jonas Gonçalves da Silva, PM reformado conhecido como “Jonas é nós”, Sebastião Ferreira da Silva, o “Chiquinho Grandão”, e Éder Fábio Gonçalves da Silva, filho de Jonas e ex-PM, conhecido como “Fabinho é Nós”, sejam os chefes da quadrilha. Eles coordenariam ainda os grupos de tortura e extermínio. Os três foram encontrados em suas respectivas casas. O outro filho de Jonas, Johnatan Luiz Gonçalves da Silva, foi preso em casa junto com o pai.

Todos responderão a ação penal pelo crime de quadrilha armada, cuja pena pode chegar a 12 anos de prisão. O vereador Jonas, o seu filho Éder e o PM Ângelo Sávio Lima de Castro também foram indiciados por extorsão, uma vez que controlavam e revendiam gás de cozinha.

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