Onze pessoas serão indiciadas por homicício culposo (quando não há intenção de matar) pela morte de Gabriela Nichimura, de 14 anos. A adolescente caiu de uma altura de cerca de 30 metros de um dos brinquedos do parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo informou nesta terça-feira que a Polícia Civil concluiu o inquérito que investiga o caso e que os nomes dos denunciados serão divulgados nesta tarde pelo delegado titular da Delegacia de Vinhedo, Álvaro Santucci.
No último dia 13, o Instituto de Criminalística (IC) de Campinas (SP) entregou à Polícia Civil e ao Ministério Público de Vinhedo um laudo com informações conclusivas sobre a perícia feita no Hopi Hari depois do acidente. Segundo o promotor Rogério Sanches, o laudo entregue à Promotoria aponta falha humana e indica que a trava da cadeira que a menina ocupou estava solta.
Gabriella foi arremessada do brinquedo La Tour Eiffel, um elevador com 69,5 metros de altura, o equivalente a um prédio de 23 andares. A garota morava no Japão e passava férias no Brasil. Após a família mostrar uma fotografia à polícia e à Promotoria, ficou claro que Gabriella sentou-se em uma cadeira que não poderia ter sido utilizada, pois estava inativa.
Durante as oitivas, o delegado recebeu informações de que os cinco operadores do brinquedo notaram que, naquele dia, a trava que sempre esteve fechada para impedir que o assento fosse usado podia ser aberta. Eles teriam avisado um superior e recebido a ordem de continuar as atividades até que alguém da manutenção chegasse à atração para resolver o problema.