Arnaldo Antunes repudia uso de música em convocação de ato pró-Bolsonaro
Canção 'O Pulso' aparece ao fundo de gravação publicada por Olavo de Carvalho

A banda Titãs e alguns de seus ex-integrantes, caso do músico Arnaldo Antunes, afirmaram em suas redes sociais, nesta terça-feira, que acionaram judicialmente perfis em redes sociais pelo uso da música O Pulso (1989) em um vídeo para convocar manifestações pró-Bolsonaro. Entre os divulgadores da gravação está o ideólogo do governo Olavo de Carvalho.
“Nós vamos dia 15 para mostrar pro Maia, pro Legislativo e pro Judiciário que nós votamos no Bolsonaro e nós queremos o Bolsonaro executando as políticas dele”, é dito durante a gravação de menos de 2 minutos. A composição usada na peça foi criada por Antunes junto de Marcelo Fromer (1961-2001) e Tony Bellotto, no tempo em que os três faziam parte do grupo Titãs.
“Esse uso é indevido, não autorizado e vai contra tudo que eu prezo, defendo e acredito. As instituições como o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal preservam aquilo que ainda nos resta de democracia. Elas têm que ser defendidas. É muito revoltante ver uma criação minha ser usada contra todos os meus princípios”, disse Antunes. “Já estamos acionando judicialmente, pedindo que tirem do ar e que responsabilizem quem fez esse uso indevido”.
Na página oficial dos Titãs, há outro comunicado contra o uso da canção. “Os Titãs sempre expressaram seu apoio à democracia e às instituições democráticas”, diz o texto. Tony Bellotto, também reclamou da situação em suas redes sociais. Ex-Titãs, caso de Paulo Miklos e Nando Reis demonstraram apoio aos colegas em comentários e compartilhamentos nos seus perfis. “Não há nada nessa vida que eu despreze tanto quanto este indivíduo que se apropriou de uma canção dos Titãs, vinculando-na às suas detestáveis ideias, que infectam esse desgoverno que não me representa”, escreveu Reis — que toca baixo na faixa.
O vídeo divulgado por Olavo de Carvalho em sua página oficial intercala a voz de Antunes com uma série de personalidades da política brasileira, que seriam contrárias a Bolsonaro. Entre elas, o prefeito Bruno Covas, o governador João Doria, a deputada Tabata Amaral, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff.
Veja as gravações:
https://www.instagram.com/tv/B894jVkhjbX/
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