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Odebrecht diz que negociou apoio do PDT à chapa Dilma-Temer

O ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis, afirmou que o apoio custou 4 milhões de reais pagos em quatro parcelas entre agosto e setembro de 2014

Por Da redação
Atualizado em 3 mar 2017, 13h38 - Publicado em 3 mar 2017, 09h00
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  • O ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis, que depôs nesta quinta-feira no processo que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer, disse que a empreiteira repassou 4 milhões de reais em recursos de caixa 2 para “consolidar” o apoio do PDT à chapa nas eleições presidenciais de 2014. A informação reforça a revelação de VEJA feita no início de fevereiro (edição 2.516), na matéria “Apoio comprado com dinheiro sujo”.

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    De acordo com Reis, o então presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, pediu que ele procurasse Alexandrino de Alencar, ex-executivo da empresa, porque este “precisava de apoio”. A ajuda, segundo Reis, seria pela proximidade que ele teria com lideranças do PDT para que o partido aceitasse os 4 milhões de reais em troca de consolidar sua participação na coligação de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB), vencedora da eleição presidencial de 2014.

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    Alexandrino, que foi diretor de Relações Institucionais da empreiteira e vice-presidente da Braskem, teria ficado responsável por negociar o apoio de cinco partidos – além do PDT, PRB, PROS, PCdoB, e PP – em troca de repasses financeiros.

    Reis informou ainda que o pagamento foi feito em quatro parcelas de 1 milhão de reais entre agosto e setembro de 2014. O ex-presidente da Odebrecht Ambiental é o segundo executivo da empresa a ser ouvido no processo que apura irregularidades na campanha de 2014 e no qual o PSDB, autor da ação, pede a cassação da chapa.

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    O presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, foi ouvido na tarde de quarta e, na ocasião, afirmou que fez doações de caixa 2 à chapa Dilma-Temer.

    Matéria de VEJA deu ainda mais detalhes sobre a negociação dos valores:

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    Em uma reunião em 2014 com Marcelo Odebrecht, à época presidente da maior construtora do país, e o então diretor de Relações Institucionais da empreiteira, Alexandrino Alencar, o tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, Edinho Silva (PT), foi claro: precisava de 35 milhões de reais para garantir a adesão de cinco partidos à chapa da petista e, assim, conquistar preciosos minutos na propaganda eleitoral na televisão. Mais precisamente, dois minutos e 59 segundos, decorrentes da aliança com Pros, PCdoB, PRB, PDT e PP. A divisão do butim seria feita de forma igualitária, 7 milhões de reais para cada sigla. A informação sobre o acerto, levado a cabo, consta do acordo de delação premiada dos dois executivos, homologado na semana passada pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

    Segundo o que Marcelo Odebrecht e Alexandrino Alencar delataram em seus acordos, a propina foi paga, através de caixa dois, diretamente aos partidos beneficiados, e saiu do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, que cuidava do dinheiro sujo da empreiteira. Em alguns casos, ao menos, o repasse foi feito em dinheiro vivo.

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    Defesa

     

    O presidente do PDT, Carlos Lupi, classificou como “calúnias” as denúncias de pagamento de caixa 2 à sigla para que apoiasse a chapa Dilma-Temer.  “O PDT foi o primeiro partido político que declarou oficialmente apoio à chapa de Dilma Rousseff. Foi no dia 10 de junho de 2014, quando a então candidata foi ao partido em ato público amplamente divulgado pela imprensa. Isso já comprova, diante das datas apresentadas pelo delator, que o anúncio aconteceu meses antes do suposto pagamento”, diz Lupi por meio de nota.

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    “O PDT irá agir no âmbito da Justiça e tomar as medidas necessárias para que o delator comprove o que afirmou. Para nós está clara a tentativa de ganhar algum tipo de benefício, inventando calúnias contra o PDT.”

    (Com Reuters)

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