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‘O povo vai dizer se estamos certos ou não’, diz Bolsonaro sobre Moro

Declaração foi feita horas após novos diálogos do ministro serem publicados por VEJA em parceria com o site The Intercept Brasil

Por Da Redação Atualizado em 5 jul 2019, 15h49 - Publicado em 5 jul 2019, 13h44
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  • O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (Adriano Machado/Reuters)

    Horas após a divulgação de novos trechos das mensagens entre o ministro Sergio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou na manhã desta sexta-feira, 5, que caberá ao povo dizer quem está certo. Os diálogos inéditos, publicados por VEJA em parceria com o site The Intercept Brasil, revelam que Moro cometeu uma série de irregularidades enquanto atuava como juiz.

    Além de defendê-lo, Bolsonaro disse que irá assistir a final da Copa América entre Brasil e Peru ao lado de Moro. “Pretendo, no domingo, não só assistir à final do Brasil com o Peru. Bem como, se for possível e a segurança me permitir, iremos [o presidente e o ministro] ao gramado. O povo vai dizer se nós estamos certos ou não”, afirmou, após a solenidade do aniversário do Batalhão do Imperador em Brasília.

    Bolsonaro ainda negou ter sido alvo de vaias no último jogo da seleção brasileira. “Houve vaia quando a seleção da Argentina entrou. E aí jogaram a câmera para cima de mim. Queriam o quê? Eu, com paletó e gravata, no Mineirão enorme, uma vaia estrondosa de repente para mim? Não tem cabimento isso. Quem por outro lado sabia que era eu? Não sabia. A vaia foi para a seleção da Argentina”. O presidente declarou que, se um dia for alvo de vaias, vai “logicamente” pensar no que está errando.

    Os novos diálogos publicados por VEJA mostram que Moro orientava ações da Lava Jato. A reportagem realizou o mais completo mergulho já feito nesse conteúdo. Foram analisadas 649.551 mensagens. Palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras e a apuração mostra que o caso é ainda mais grave. 

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    + Clique para ler a reportagem completa

    A troca de mensagens também indica que o ex-juiz combinava com o Ministério Público Federal (MPF) as datas em que deveriam ser marcadas operações realizadas no âmbito da operação Lava Jato. Uma conversa de 28 de abril de 2016 analisada pela reportagem mostra que Moro orientou os procuradores a tornar mais robusta uma peça. No diálogo, Deltan Dalla­gnol, chefe da força-tarefa em Curitiba, avisa à procuradora Laura Tessler que Moro o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels

    “Laura no caso do Zwi, Moro disse que tem um depósito em favor do Musa e se for por lapso que não foi incluído ele disse que vai receber amanhã e da tempo. Só é bom avisar ele”, diz. “Ih, vou ver”, responde a procuradora. No dia seguinte, o MPF incluiu um comprovante de depósito de 80 000 dólares feito por Skornicki a Musa. Moro aceita a denúncia minutos depois do aditamento e, na sua decisão, menciona o documento que havia pedido. Ou seja: ele ajudou um dos lados do processo a fortalecer sua posição.

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