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Na pista para negócio

Crescimento de Sete Lagoas (MG) também incrementou a vida noturna da cidade, que passou a receber artistas populares com mais frequência

Por Pieter Zalis Atualizado em 10 dez 2018, 09h55 - Publicado em 1 jun 2014, 15h38
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  • Na madrugada de sexta-feira para sábado, às duas da manhã, o analista de qualidade da Iveco Felipe Martins, 26 anos, estava na boate Villa Romana do bairro Jardim Europa, Sete Lagoas. Com um balde cheio de bebidas e aos beijos com uma morena, ele dançava ao som do cantor sertanejo Roberto Maia, que, em nova turnê por Minas Gerais, optou pela primeira vez por tocar na cidade. Maia, cujos vídeos têm mais de 3 milhões de visualizações na internet, havia acabado de chegar de São Paulo, onde havia se apresentado na famosa Villa Mix. Na semana seguinte, ele tocaria em outra casa conceituada do ramo: a Wood’s, de Belo Horizonte.

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    Frequentadores da casa de shows Villa Romana em Sete Lagoas, Minas Gerais
    Frequentadores da casa de shows Villa Romana em Sete Lagoas, Minas Gerais (VEJA)

    Há dois anos, essa cena seria impensável. Por falta de opção em Sete Lagoas, Felipe provavelmente estaria em uma boate de Belo Horizonte, a 70 quilômetros do município, e Roberto Maia teria optado por uma cidade mineira mais lucrativa para sua turnê. O motivo do encontro é a abertura da casa noturna Villa Romana, em 2012, o que aqueceu o mercado noturno da cidade.

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    O PIB de Sete Lagoas cresceu duas vezes mais rápido que a média nacional entre 2000 e 2010. Nos últimos anos, com a vinda de empresas do porte de Iveco e Ambev, chegaram funcionários com bons salários sedentos por uma diversão que não existia. “Há dez anos tive que fechar minha casa noturna porque não dava lucro. Hoje comemoro um faturamento de 2013 duas vezes maior que o ano anterior”, afirma o Juarez Chaves, sócio presidente da Villa Romana.

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    Felipe Martins diz que por 120 reais na Villa Romana consegue se divertir ao mesmo nível que gastando 400 reais nas principais boates de Belo Horizonte. Já Roberto Maia afirma que o cachê para tocar em Sete Lagoas é comparável a ganhar o mesmo que um show em São Paulo e um Minas Gerais, juntos.

    Felipe Martins, engenheiro da Iveco, gasta R$120 por noite durante as baladas
    Felipe Martins, engenheiro da Iveco, gasta R$120 por noite durante as baladas (VEJA)

    “Tocar nas capitais vale pela projeção. Mas financeiramente vale mais a pena tocar em Sete Lagoas. Aqui devo ganhar em torno de 20 000 reais, enquanto em Belo Horizonte e São Paulo o preço varia entre 3 000 e 7 000 reais”, afirma Roberto Maia.

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    Outros artistas consagrados também apareceram recentemente na cidade. Há duas semana, foi a vez de Psirico, autor de Lepo Lepo, aparecer pela primeira vez na cidade. Bell Marques, ex-cantor da banda Chiclete com Banana, também fez apresentação inédita três semanas atrás. Todas as apresentações estavam com ingressos esgotados. “Hoje não tem como fazer turnê em Minas e deixar Sete Lagoas de fora”, afirma o produtor musical Júnior César.

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    A Expedição VEJA deixou Sete Lagoas pouco depois das 9h deste domingo. Nosso próximo destino é Porto Real (RJ). Tem algo a dizer sobre a cidade? Converse conosco utilizando a hashtag #expedicaoveja.

    Infográfico: A Expedição VEJA, quilômetro a quilômetro

    Mural: A Expedição nas redes sociais

    Saiba quando a Expedição VEJA vai chegar a cada cidade
    Datas* Cidade
    6/5 Jundiaí/SP
    7/5 Joinville/SC
    9/5 Não-me-toque/RS
    11/5 Guarapuava/PR
    12/5 Três Lagoas/MS
    14/5 Rondonópolis/MT
    15/5 Sorriso/MT
    17/5 Barra do Garças/MT
    18/5 Brasília/DF
    19/5 Luis Eduardo Magalhães/BA
    21/5 Cristino Castro/PI
    22/5 Picos/PI
    23/5 São Gonçalo do Amarante/CE
    25/5 Iguatu/CE
    26/5 Petrolina/PE
    28/5 Irecê/BA
    29/5 Janaúba/MG
    30/5 Sete Lagoas/MG
    1/6 Porto Real/RJ
    3/6 São José dos Campos/SP
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