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Munição de crime contra Marielle é do mesmo lote de chacina em SP

Polícia constatou que projéteis encontrados na cena do crime eram destinados originalmente à Polícia Federal, em Brasília

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 16 mar 2018, 16h32 - Publicado em 16 mar 2018, 16h17

A Polícia Civil do RJ encontrou na cena do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), na noite da quarta-feira (14), munições do mesmo lote ao qual pertenciam as balas usadas no caso que terminou com 17 mortos e sete feridos na Grande São Paulo em 2015. A descoberta foi divulgada nesta sexta (16), quando foi constatado que munições 9 milímetros do lote UZZ18 da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), originalmente encaminhado para a Polícia Federal em Brasília em 2006, foram usadas na morte da parlamentar.

As munições usadas nas diferentes cenas dos assassinatos em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, pertenciam a cinco lotes (UZZ18, BNT84, BIZ91, AAY68 e BAY18) destinado a forças de segurança: PF, Polícia Militar e Exército. Além do UZZ-18, a PF havia adquirido o lote BTN-84.

A investigação não conseguiu determinar o caminho da munição até o seu uso nos assassinatos em São Paulo. Integrantes da força-tarefa que investigavam a chacina consideravam que a principal hipótese é que as munições poderiam ter sido desviadas ou roubadas e acabaram nas mãos de bandidos. Três policiais militares e um guarda civil foram condenados em setembro e em março pelos crimes a penas superiores a 100 anos de prisão.

O promotor Marcelo Oliveira, que representou a acusação nos julgamentos em Osasco, lembrou que o Rio de Janeiro chegou a ser citado em um dos depoimentos. “No depoimento de um capitão do Exército, chamado pela defesa, houve a menção de que um sargento havia extraviado munições e enviado para o Rio. Ele foi mandado embora da corporação, segundo esse capitão”, detalhou o promotor.

Um dos condenados pela chacina, o policial militar Victor Cristilder havia servido ao Exército e a acusação tentava descobrir uma eventual relação dele com a aquisição ilegal das munições usadas no crime. “Perguntamos sobre a munição, se o Victor tinha acesso, mas como testemunha de defesa o capitão claro que disse que ele não tinha”, disse Oliveira.

O promotor destacou a necessidade de que o caminho da munição seja investigado no caso do Rio para que se chegue aos culpados. “Se essa situação do lote realmente for confirmada, é claro que há um descontrole muito perigoso em relação a armas e munições. E fica claro para qualquer um que a suspeita recai sobre integrantes de forças de segurança”, disse.

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