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MPF pede quebra de sigilos de assessores de Flávio Bolsonaro

Investigação apura suposto vazamento de uma operação da Polícia Federal envolvendo Fabrício Queiroz

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jul 2020, 11h42 - Publicado em 2 jul 2020, 10h55
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  • O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro pediu à Justiça as quebras de sigilos telefônicos e e-mails de assessores do senador Flávio Bolsonaro. Entre os alvos, estão o chefe de gabinete do parlamentar, Miguel Ângelo Braga Grillo, o advogado Victor Granado Alves e a ex-tesoureira de campanha Valdenice de Oliveira Meliga. A investigação apura um suposto vazamento em meio às eleições de 2018 de uma operação da Polícia Federal que atingiria o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-faz-tudo do filho mais velho do presidente da República.

    O objetivo do MPF é ter acesso aos registros de localização dos sinais dos celulares utilizados pelos assessores de Flávio Bolsonaro durante as eleições de 2018. Em depoimento, o empresário Paulo Marinho contou que, durante a campanha presidencial de Bolsonaro, o parlamentar e três auxiliares confidenciaram numa reunião em sua casa que foram avisados por um delegado da Polícia Federal de uma operação, batizada de Furna da Onça, que alcançaria Queiroz e outros funcionários do então deputado estadual. O suposto vazamento teria ocorrido em frente à sede da superintendência da PF no Rio de Janeiro. Por isso, os dados telefônicos são considerados cruciais para esclarecer os fatos.

    Além dessas informações, o Ministério Público Federal solicitou acesso a dados telemáticos de diversas linhas telefônicas e de endereços eletrônicos utilizados pelos três investigados. A ideia é identificar se na época dos fatos houve algum tipo de comunicação entre eles a respeito da operação Furna da Onça — que traria à tona o escândalo de rachadinha no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Os suspeitos negam terem recebido qualquer informação privilegiada.

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    Ex-aliado convertido em desafeto da família Bolsonaro, Paulo Marinho revelou o suposto vazamento da Polícia Federal em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Intimado para prestar depoimento, o empresário reforçou as acusações e apresentou como provas registros de reuniões em sua agenda no celular, passagens aéreas para São Paulo e uma ordem de serviços de uma sala reservada no hotel onde teria ocorrido um encontro entre advogados consultados para conter o escândalo envolvendo o filho do presidente. Além disso, o ele apontou caminhos para a apuração dos fatos, indicando chamadas telefônicas recebidas por um ex-assessor de Flávio Bolsonaro e imagens de câmeras de segurança da Superintendência da Polícia Federal no Rio. O inquérito é conduzido pelo delegado Jaime Candido e pelo procurador Eduardo Benones.

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    Antes de ser revelada a investigação das rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), assessores de Flávio Bolsonaro foram exonerados. Em depoimento à Polícia Federal nessa segunda-feira, Queiroz disse que deixou o gabinete do então deputado estadual porque estava cansado e queria cuidar da sua saúde. O policial aposentado, atualmente preso em Bangu, nutria a esperança de ser recontratado para trabalhar com o filho do presidente no Senado, o que acabou não acontecendo.

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