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Militares participaram de ataque no Riocentro, diz relatório

Testemunha também desmentiu versão de que explosão durante festa pelo Dia do Trabalho de 1981 teria sido provocada por um opositor ao regime militar

Por Da Redação
29 abr 2014, 17h00
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  • Testemunha do atentado do Riocentro em 1981, o corretor de imóveis Márcio Pimentel depôs nesta terça-feira à Comissão da Verdade no Rio. Ele desmontou a versão do então capitão Wilson Machado de que o Puma em que estava com o sargento Guilherme do Rosário explodiu porque uma granada foi jogada por um opositor do regime militar. Um relatório preliminar divulgado em audiência pública no Arquivo Nacional, no Rio, concluiu que – ao contrário – o ataque foi “fruto de um minucioso e planejado trabalho de equipe, que contou com a participação de militares, em especial agentes ligados ao Exército e ao Serviço Nacional de Inteligência (SNI)”.

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    O documento diz ainda que o Inquérito Policial Militar aberto na época para investigar a explosão foi manipulado para que a autoria ficasse classificada como “indefinida” e o capitão Wilson Machado e o sargento Rosário fossem colocados no papel de vítimas. “O atentado não foi devastador devido a falhas na execução do plano. Tratou-se de uma ação desestabilizadora da ordem social, para tentar a sobrevida do regime militar.” Pimentel disse à CNV ter sofrido ameaças há três anos, quando quebrou o silêncio que mantinha desde a celebração do Dia do Trabalho de 1981. “Se queriam matar 27.000 pessoas, podem matar um”, afirmou ele, que hoje tem 52 anos.

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    Malhães – O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari, comentou a morte do coronel da reserva do Exército Paulo Malhães, mas disse que a CNV não tem posição sobre o caso. “Estamos na expectativa de que sejam apresentadas as conclusões da investigação. O que queremos é que não se afaste a hipótese de que ele tenha morrido em decorrência do depoimento à CNV”, afirmou, referindo-se à ocasião em que Malhães confirmou ter participado de atos de tortura durante a ditadura militar. “Não posso prever qual será o desdobramento disso”, acrescentou, sobre a possível recusa de novos depoentes a se apresentar, sob alegação de risco de vida.

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    (Com Estadão Conteúdo)

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