Militante do PT está estável após levar tiro de raspão no pescoço
Jeferson Lima de Menezes foi atingido de raspão no pescoço quando um homem abriu fogo contra o acampamento em apoio ao ex-presidente Lula, em Curitiba
A Secretaria de Saúde do Paraná informou que o militante do PT baleado durante a madrugada deste sábado no acampamento em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, está internado com quadro de saúde estável. Ele segue entubado e sedado, responde bem ao tratamento médico e continuará em observação no Hospital do Trabalhador.
Jeferson Lima de Menezes, de 38 anos, foi atingido de raspão no pescoço quando um homem ainda não identificado abriu fogo contra a instalação montada por grupos simpáticos ao PT para protestar contra a prisão de Lula. Ele não precisará passar por cirurgia.
Uma mulher também foi atingida por estilhaços que se desprenderam de um banheiro químico alvejado por um tiro. Ela se feriu sem gravidade no ombro e teve alta após receber atendimento médico.
Um inquérito foi aberto para investigar o caso. Peritos da Polícia Científica do Paraná, policiais militares, civis e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram no local durante o dia. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm pelos agentes.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirmou que o homem estava a pé quando efetuou os disparos. O acampamento abriga representantes de grupos como o MST, CUT, Levante Popular da Juventude e outros apoiadores de Lula, que estão se revezando em vigília pelo ex-presidente nas proximidades da Superintendência da Polícia Federal, onde ele está preso.
Manifestantes chegaram a bloquear a avenida Mascarenhas de Morais, no bairro Santa Cândida, com pneus incendiados, mas a via já foi liberada para o tráfego de veículos.
Por meio do Twitter, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que o atentado contra o acampamento é muito grave e prestou solidariedade aos familiares de Menezes, que é natural de São Paulo. “Esperamos providência rigorosa por parte das autoridades de segurança.”
Ataque contra caravana
O caso se soma ao ataque a tiros contra um dos ônibus que fazia parte da caravana que Lula fez pelo Paraná, realizada antes de sua prisão ser decretada pelo juiz Sérgio Moro. Um dos veículos foi alvejado por dois disparos de uma arma de calibre 320 quando ia de Quedas do Iguaçu a Laranjeiras do Sul, região Centro-Sul do Paraná.
A perícia constatou que os tiros partiram de uma pessoa que estava a 5,86 metros do chão, distante cerca de 18 metros do ônibus. O atirador teria feito os disparos quando o veículo já havia se distanciado do local em que ele estava. A polícia não identificou o autor dos tiros.