Metroviários decidem: categoria não para
Metrô transporta mais de 3 milhões de passageiros por dia; greve dos trens foi suspensa após assembleia nesta quinta-feira
Os metroviários de São Paulo, que transportam mais de 3 milhões de passageiros diariamente, decidiram em assembleia realizada na noite de quinta-feira que a categoria não fará greve. Os trabalhadores aceitaram a proposta de aumento de 8,5% – 6,39% de reposição pelas perdas com a inflação e 2,1% de aumento real. Na semana passada, a proposta era 7,7%. Foi a segunda assembleia nesta semana. Para alívio dos paulistanos, os mais de 8000 funcionários do Metrô não cruzarão os braços.
O acordo fechado nesta quinta não era o desejado por parte da diretoria do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Altino Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato, deu por encerrada a campanha salarial, mas achava que havia condições de conseguir um aumento maior. Foi voto vencido.
Na avaliação dos sindicalistas, a greve dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) acabou facilitando a vida dos metroviários. “Só conseguimos graças ao movimento dos ferroviários, que começou antes”. Como retribuição, parte do fundo de greve da categoria será doada para os ferroviários.
Dificuldades – Mesmo sem a paralisação, a semana foi dura para parte da população que depende de transporte público. Na quarta-feira, houve greve parcial dos funcionários da CPTM. Nesta quinta, a paralisação foi total, prejudicando mais de 2 milhões de usuários. A greve foi suspensa após assembleia nesta quinta. A prefeitura de São Paulo estendeu o trajeto de diversas linhas de ônibus, mas ainda assim muita gente não conseguiu chegar ao trabalho.