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Mesmo com desconto, 24% aumentam consumo de água

Bônus passa a abranger 31 municípios da Grande São Paulo; reservatório do Cantareira deverá secar em junho, no meio da Copa do Mundo

Por Da Redação
1 abr 2014, 11h48
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  • Apesar do plano de bônus lançado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), 24% dos consumidores abastecidos pelo Sistema Cantareira na Grande São Paulo aumentaram o consumo de água nos últimos dois meses. O dado foi divulgado pela empresa, que vai ampliar o desconto de 30% na conta para quem diminuir o gasto mensal em 20%.

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    A partir desta terça-feira, o bônus passará a valer para os 31 municípios da Região Metropolitana que são atendidos pela Sabesp, incluindo a capital – 17 milhões de clientes. Antes, a medida atingia onze cidades e alguns bairros paulistanos. Não foram incluídos no programa municípios com serviço próprio de abastecimento, como Guarulhos e Santo André.

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    Para o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a ampliação do bônus reduzirá o consumo dos Sistemas Guarapiranga e Alto Tietê, que agora abastecem 2 milhões de imóveis que antes da crise recebiam água do Cantareira. Nesta terça-feira, o nível do Cantareira registrou 13,4% da capacidade, em sucessiva queda.

    A Sabesp, no entanto, reconheceu que a política de desconto tem alcance limitado. Segundo a companhia, apenas 37% dos consumidores atingiram a meta e ganharam o bônus de 30%. Outros 39%, segundo a empresa, economizaram água, mas não atingiram o patamar mínimo de 20%. O programa é válido até dezembro.

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    Segundo o diretor metropolitano da Sabesp , Paulo Massato, houve baixa adesão dos clientes de padrão médio e alto. Os imóveis na Zona Norte foram os que mais economizaram água e o Centro foi a região que menos contribuiu.

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    Nesta segunda-feira, a presidente da Sabesp, Dilma Pena, atribuiu o problema ao elevado número de condomínios que não têm medição de consumo individualizada. Ou seja, a conta é diluída entre os apartamentos. “As pessoas não têm um contato direto com a fatura. É uma explicação, mas não uma justificativa, porque todos sabem que estamos passando por um evento crítico inédito.”

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    Seca – Desde o início do plano de bônus, o Cantareira apresentou déficit de 82,8 bilhões de litros. O volume perdido é suficiente para encher cerca de 33.000 piscinas olímpicas. Os dados constam do último relatório do comitê anticrise que monitora o principal manancial paulista, responsável pelo abastecimento de água de 47% da Grande São Paulo. Nesta terça-feira, o Cantareira tinha 131,6 bilhões de litros restantes do chamado “volume útil”, água represada acima do nível das comportas. O índice corresponde a 13,4% da capacidade.

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    O comitê liderado por técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) estima que o volume do manancial deve zerar em julho. Esse prazo já foi reduzido pela Sabesp, que prevê o esgotamento do volume útil do sistema para 21 de junho, no meio da Copa do Mundo de Futebol.

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    Diante da crise, a ANA e o DAEE restringiram a retirada da Sabesp e das cidades da região de Campinas para, no máximo, 72 bilhões de litros do manancial no mês de abril.

    Hidrelétricas – A queda dos níveis de água não é exclusividade dos reservatórios de abastecimento as cidades. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), as hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste registraram nesta segunda-feira 36,27% da capacidade, inferior aos 36,9% esperados para o fechamento do mês de março.

    As previsões variaram muito ao longo de março. Na primeira semana, esperava-se que o nível chegasse a 37,9% na última sexta-feira. Em seguida, este número subiu para 40,7%. Porém, caiu para 38,2%, terminando em 36,9%

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    (Com Estadão Conteúdo)

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