Manicure que matou menino detalhou o plano por escrito
Mãe de Suzana Oliveira entregou ao delegado de Barra do Piraí, no Sul Fluminense, um caderno com anotações sobre o crime
A Polícia Civil da Barra do Piraí, no Sul Fluminense, recebeu nesta segunda-feira um documento que reforça o conjunto de provas contra a manicure Suzana de Oliveira, de 22 anos, apontada como a assassina do menino João Felipe Eiras Bichara, de 6 anos. A mãe da acusada, Simone de Oliveira, de 39 anos, entregou ao delegado José Mário Salomão um caderno usado como diário pela filha. Nele, há detalhes do plano de sequestrar João Felipe.
De acordo com o delegado, que é o titular da 88ª DP (Barra do Piraí), o caderno contém trechos em que Suzana manifesta intenção também de cobrar resgate de 300 000 reais. No entanto, a polícia está convencida de que o plano de Suzana era mesmo o de matar João Felipe.
O novo detalhe da investigação acrescenta tons dramáticos à morte macabra do menino. Nas anotações, segundo publicou o jornal O Dia, Suzana afirma que usaria o dinheiro para comprar uma moto e pagar contas de telefone.
João Felipe sumiu por volta das 14h30 da última segunda-feira, após ser buscado na escola onde estudava, o Instituto de Educação Franciscana Nossa Senhora Medianeira, escola religiosa de classe média alta da região. Suzana teria ligado para o colégio passando-se por uma tia do garoto, dizendo que ia buscá-lo para uma consulta médica.
Ela foi à escola de táxi, e pediu a um taxista para pegar o menino, enquanto fingia falar ao celular, para não ser reconhecida na escola. O taxista os levou ao Hotel São Luiz, no centro da cidade, onde Suzana asfixiou o menino até a morte com uma toalha no rosto. Depois de matar a criança, a manicure despiu o corpo e o colocou dentro de uma mala. Em seguida, foi confortar a mãe de João Felipe.
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