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Maioria dos jovens não sabe proteger o meio ambiente

Por Carolina da Gama Seis em cada dez jovens brasileiros não sabem o que significa ou nunca ouviram falar na palavra sustentabilidade. Ainda assim, a maior parte deles acredita que se preocupa mais com o meio ambiente do que a população em geral, as empresas e o governo. Essa preocupação, porém, nem sempre se reflete […]

Por Da Redação
6 fev 2009, 06h16
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  • Por Carolina da Gama

    Seis em cada dez jovens brasileiros não sabem o que significa ou nunca ouviram falar na palavra sustentabilidade. Ainda assim, a maior parte deles acredita que se preocupa mais com o meio ambiente do que a população em geral, as empresas e o governo. Essa preocupação, porém, nem sempre se reflete em ações concretas. Os dados fazem parte do Dossiê Universo Jovem, produzido pela MTV Brasil. A pesquisa também identifica diferentes perfis quanto à maneira de o jovem encarar o seu papel diante da urgência da preservação. Chama a atenção a grande quantidade de jovens que não têm noção de sua importância para a preservação do planeta ou não sabem o que fazer para preservá-lo.

    Os perfis identificados entre os entrevistados dividem-se entre eco-alienados, intuitivos, refratários, teóricos e comprometidos – este último grupo, consciente e que admite fazer o que está a seu alcance, abrange somente 17% do público. Também são poucos os que conseguem definir o termo sustentabilidade, termo que define a capacidade de uma sociedade de suprir suas necessidades utilizando-se de recursos ambientais sem comprometer as gerações futuras.

    Apenas nos últimos quatro anos, esses jovens acompanharam, em tempo real, inúmeras tragédias causadas por fenômenos naturais, como o tsunami na Ásia, o furacão Katrina e o terremoto na China. Isso faz com que, para muitos deles (40%), a principal preocupação em relação ao mundo seja o aquecimento global. A atenção com a temperatura da Terra aparece à frente até mesmo de temas como as guerras, principal medo de 36% dos entrevistados. Em terceiro lugar aparecem a fome e o terrorismo, empatados com 23%. A violência ocupa a quarta posição, com 22%, e a desigualdade social a quinta, com 18%.

    Inércia – Embora se preocupe com os efeitos do aquecimento global, o jovem brasileiro parece não saber o que fazer para evitá-lo. Apenas 3% dos entrevistados afirmaram contribuir para evitar a poluição do ar. Outros 10% disseram economizar energia elétrica. Separar o lixo para reciclagem também não é ainda uma ação incorporada ao cotidiano dos jovens. Somente 21% dos entrevistados afirmaram fazê-lo. Os jovens creditam boa parte de sua inércia sobre as ações ambientais à falta de informação sobre o tema. Para a maioria (53%) a mídia deveria apresentar mais informações sobre o ambiente.

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    Ainda assim, o jovem brasileiro está acima da média da população geral quando o assunto é economizar água. Enquanto 23% dos entrevistados se preocupam em fechar as torneiras, a média da população que o faz é de 7%. O mesmo acontece no cuidado com a limpeza das ruas. A maioria dos jovens brasileiros (55%) não joga lixo na rua, enquanto apenas 24% da população geral seguem o mesmo exemplo.

    Otimismo – O estudo conclui que, em relação ao ambiente, a atual geração de jovens no país carrega uma carga de informação muito pesada. Todos escutam desde pequenos que são responsáveis pelo planeta e que têm de fazer alguma coisa para salvá-lo. Boa parte deles, porém, somente o faz por meio de pequenas atitudes. Por exemplo: 66% dos entrevistados já repreenderam alguém por jogar lixo na rua. O jovem brasileiro reconhece que atitudes como essa são apenas o básico, mas sabe que isso já é melhor do que nada e que isso já faz diferença.

    Por isso, estão otimistas. Apenas 17% acreditam que ninguém vai mudar sua atitude em relação ao meio ambiente, enquanto outros 80% preferem acreditar que a população vai, pelo menos em parte, rever sua postura. Os resultados da pesquisa são também apresentados em empresas, escolas e fóruns de discussão ambiental por meio de um vídeo produzido pela emissora. Foram entrevistadas pessoas com idade entre 12 e 30 anos, das classes A, B e C, com média de idade de 21 anos. O estudo ouviu 2.579 jovens nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Salvador, São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Recife. Ao todo, eles representam o equivalente a 49 milhões de brasileiros.

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