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Juiz manda ex-assessor de Cabral para prisão domiciliar

Apontado como 'laranja' do ex-governador, Paulo Fernando Magalhães Pinto negocia acordo de delação premiada

Por Da redação
Atualizado em 10 jan 2017, 19h25 - Publicado em 10 jan 2017, 19h15

O juiz federal Marcelo Costa Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, determinou nesta terça-feira a conversão da prisão preventiva do empresário Paulo Fernando Magalhães Pinto, apontado pelas investigações da Operação Calicute como laranja do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), em prisão domiciliar. Conforme revelou o jornalista Lauro Jardim no jornal O Globo neste final de semana, Magalhães Pinto, que é ex-assessor especial de Cabral, negocia delação premiada com o Ministério Público Federal.

A defesa do empresário, preso em Bangu 8, assim como o ex-governador, argumentou no pedido a Bretas que a integridade física dele estaria ameaçada após a divulgação das negociações do acordo de colaboração.

O MPF havia sugerido ao magistrado a manutenção da prisão preventiva de Magalhães Pinto, mas que ele fosse transferido a um presídio federal, onde estaria mais seguro.

“É inegável que o requerente encontra-se em situação de risco à sua integridade física, em razão da notícia veiculada na imprensa nacional, fato este reconhecido inclusive pelo Ministério Público Federal”, escreveu Marcelo Bretas no despacho desta terça-feira.

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O juiz federal ressaltou que a transferência do ex-assessor de Cabral a uma cadeia federal “é medida dispendiosa e que afasta o preso seu meio social e familiar, demonstrando-se inadequada no caso concreto”.

“Afastados os temores de que venha sofrer represálias por parte de outros acusados com os quais se encontra custodiado, nada impede que o requerente seja novamente recolhido à prisão”, assinalou Marcelo Bretas.

Ao reverter a prisão preventiva de Magalhães Pinto, além do “recolhimento domiciliar integral”, Bretas fixou como condições que o delator se afaste da direção de empresas envolvidas nas investigações e compareça quinzenalmente em juízo para informar suas atividades. O empresário está proibido de deixar o país e manter contato com outros investigados na Calicute.

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De ‘laranja’ a delator

Figura fácil nas altas rodas da sociedade carioca, Paulo Fernando, apesar de ser dono de dez empresas, tinha um cargo comissionado como assessor especial de Cabral no Palácio Guanabara.

Ele é o dono formal de um iate de 80 pés avaliado em 5,3 milhões de reais, batizado de Manhattan, que ficava ancorado no Condomínio Portobello, justamente onde Cabral tem uma mansão e o empresário, não. Os investigadores suspeitam que a embarcação pertença ao peemedebista, uma das operações que devem ser detalhadas por Magalhães Pinto em seu acordo de delação premiada.

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Paulo Fernando é dono também de um apartamento na Rua Redentor, uma das mais nobres de Ipanema, onde o ex-secretário de segurança Pública, José Mariano Beltrame, morou de aluguel durante muitos anos, até se mudar para seu novo apartamento, comprado em um condomínio na Barra da Tijuca.

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