Jerusalém, 1 nov (EFE).- O Governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu nesta terça-feira acelerar a construção de 2 mil novas casas nos assentamentos judaicos de Ma’ale Adumim e Gush Etzion, em Jerusalém Oriental.
‘São cerca de 2 mil casas em áreas que, em qualquer acordo de paz futuro, ficarão em mãos de Israel’, diz uma mensagem do Gabinete do primeiro-ministro israelense, na qual as autoridades ameaçam ‘novas medidas’ de retaliação em uma próxima reunião.
A decisão foi adotada nesta terça-feira pelo fórum dos oito ministros mais relevantes do Governo israelense, destinada a analisar as possíveis respostas ao ingresso da Palestina na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), aprovada nesta segunda-feira.
Tanto Israel como os Estados Unidos – principal aliado do Estado judaico – repudiaram a iniciativa da Unesco de incorporar a Palestina como membro. Ambos decidiram, inclusive, cortar o financiamento concedido à agência da ONU, o que representa uma redução de um quarto do orçamento da entidade.
A imprensa local indicava nesta terça-feira que, além da possível construção de novas casas nos assentamentos judaicos, o Governo de Netanyahu poderia considerar a possibilidade de reter as taxas e tarifas que Israel arrecada para repassar à ANP, em virtude dos Acordos de Oslo.
Outra das medidas que cogitadas por Israel – de acordo com a imprensa – é a de retirar as autorizações exclusivas que os dirigentes palestinos possuem para agilizar o cruzamento de fronteiras e postos militares de controle.
Após a decisão da Unesco, Israel já anunciou que reconsideraria sua cooperação com a entidade, pois, para o Estado judaico, a inclusão da Palestina prejudica as possibilidades de se obter a paz no Oriente Médio. EFE