A Assembléia Legislativa do Pará instalou há um mês uma CPI para apurar a extensão do crime de abuso sexual de menores no estado. A história de impunidade desse tipo de delito no Pará é antiga. Assim que a CPI começou a funcionar e os relatos passaram a ser estudados viu-se que o problema é mais profundo e prevalente do que se podia imaginar. Estão envolvidos ou acusados desses crimes empresários, policiais, políticos e até um dos irmãos da governadora Ana Júlia Carepa.
O motorista João Carlos de Vasconcelos Carepa, conhecido como Caíca, é acusado de ter assediado uma contraparente. O Boletim de Ocorrência 433/2008.000328-3 revela que Caíca a molestou quando ela tinha apenas onze anos. Em depoimento à polícia, a vítima, que hoje tem 13 anos, afirmou que as agressões se sucederam no decorrer de um ano.
Os pais fizeram as denúncias contra Carepa depois de ouvir, em setembro passado, ao fim de um culto evangélico, o desabafo da filha. “Ela disse que não aguentava mais guardar esse segredo”, contou o pai a VEJA. A mãe evita entrar em detalhes sobre o caso. “Considerava Caíca uma pessoa da família”, diz. O irmão da governadora recusa-se a falar sobre o assunto.
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