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Greve da limpeza faz hospital suspender cirurgias no Rio

Por Da Redação
15 mar 2012, 18h46

Por Clarissa Thomé

Rio de Janeiro – O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, suspendeu cirurgias durante dois dias por conta de uma greve de funcionários da limpeza, iniciada na segunda-feira. O hospital, referência em atendimento de doenças de alta complexidade, também não pôde realizar um transplante de rim. A operação foi feita no Hospital Estadual Pedro Ernesto. Em nota, a instituição diz que os procedimentos foram suspensos preventivamente, e não por “falta de higiene”. Os funcionários voltaram a trabalhar hoje.

Os servidores terceirizados da Protec Serviços Técnicos interromperam a limpeza por atraso de pagamentos. Funcionários que prestam serviço na reitoria foram deslocados para o hospital universitário. Apesar disso, o lixo se acumulou nos corredores, nas enfermarias e nos banheiros.

A dona de casa Edilene Amaral André, de 46 anos, que acompanha a mãe, que está internada, contou que a situação ficou tão insuportável que ela própria decidiu limpar os banheiros. “As lixeiras transbordavam, havia material de curativo com sangue. Comprei álcool, luvas, desinfetante e limpei o banheiro da enfermaria com uma camiseta limpa que eu tinha trazido de casa”, afirmou.

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A cirurgia da mãe dela, marcada para segunda-feira, teve de ser cancelada e foi realizada na quarta-feira. “Eles fizeram somente uma operação porque não tinha quem limpasse o centro cirúrgico depois”, contou a dona de casa, que registrou queixa na ouvidoria do hospital.

Outra acompanhante, que se identificou apenas como Arlete, contou que os funcionários tiravam apenas o lixo maior deixado nos corredores. “Minha filha está internada na oncologia, faz quimioterapia. É claro que a gente se preocupa que ela tenha alguma infecção porque a saúde já está debilitada, e lixo atrai rato, barata. Tem lixo nos banheiros, na enfermaria”, comentou.

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, 197 pacientes estão internados na instituição e o atendimento será normalizado amanhã – estão marcados para sexta-feira 1.200 consultas e 29 procedimentos cirúrgicos. Em nota, a assessoria esclareceu que o atraso no pagamento ocorreu porque a empresa não apresentou, no segundo semestre de 2011, documentos que comprovassem “a quitação de obrigações sociais junto aos contratados”. Ainda segundo o texto, a situação “foi solucionada entre as partes”. A reportagem procurou a Protec Serviços Técnicos, cujo CNPJ indica que a empresa tem sede em Juquitiba (SP), mas não localizou nenhum representante.

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