Na próxima quarta-feira, 1º, a rede de saúde da cidade de São Paulo terá o reforço de 200 leitos para o atendimento de casos diagnosticados do novo coronavírus, montados no estádio do Pacaembu. Na semana seguinte, na segunda-feira, 6, mais 300 leitos serão inaugurados no hospital de campanha preparado no Anhembi, que deve ter ao final de sua construção, ainda sem data definida, o total de 1800 vagas.
Os espaços temporários, no entanto, não farão triagem de casos e só receberão pacientes encaminhados por hospitais ou unidades básicas de saúde da prefeitura. Segundo o secretário municipal de Saúde de São Paulo, o número de pacientes graves com a Covid-19 internados em UTIs em São Paulo deu um salto de 42% no estado, e somente os pacientes fora desse quadro utilizaram os novos leitos.
O secretário também informou que, nos hospitais de campanha, haverão leitos de estabilização para os pacientes que tiverem suas condições agravadas. Esses pacientes serão depois levados para as UTIs dos hospitais. “O município está gastando R$ 35 milhões na infraestrutura dos hospitais de campanha e mais R$ 15 milhões para o custeio em quatro meses”, disse.
No Rio de Janeiro, o Maracanã vai receber um dos seis hospitais de campanha que serão erguidos no estado para atender ao aumento da demanda de pacientes. Serão 900 leitos de UTI, o que representa 53% do número de leitos no estado. Em março, um levantamento mostrou que 100% dos leitos de UTI já estavam ocupados.
O governo do estado ainda não definiu se a estrutura será montada no campo do estádio de futebol ou em alguma outra instalação do complexo esportivo, que inclui um estádio de atletismo atualmente desativado, um parque aquático e o ginásio do Maracanãzinho.
A prefeitura do Rio também se prepara para inaugurar uma unidade de campanha no centro de convenções Riocentro, além da montagem de estruturas temporárias em locais próximos a hospitais existentes, de forma a desafogar o atendimento regular nas emergências.