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‘Gestora’ do PCC é presa no Paraguai após assalto milionário

Um dos alvos da Operação Ethos, ela estava foragida desde novembro de 2016. Polícia Civil de São Paulo já pediu a extradição dela ao Brasil

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jul 2017, 14h14 - Publicado em 2 Maio 2017, 19h33
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  • A Polícia Nacional do Paraguai prendeu nesta terça-feira, em Ciudad del Este, uma brasileira acusada de ser uma das gestoras jurídicas do Primeiro Comando da Capital (PCC) por suposto envolvimento no assalto milionário — e com características cinematográficas — à sede da transportadora de valores Prosegur, também em Ciudad del Este.

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    Apontada como uma das lideranças do núcleo jurídico, a chamada célula R, da organização criminosa, Marcela Antunes Fortuna, de 35 anos, estava foragida desde novembro de 2016, quando a Polícia Civil de São Paulo deflagrou a Operação Ethos. Na ocasião, cerca de 30 advogados foram detidos por prestarem diversos serviços para a facção, como fazer a comunicação entre a liderança encarcerada e os subalternos soltos, pagar propina a autoridades corruptas, se infiltrar em órgãos de direitos humanos, entre outros.

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    Nas planilhas dos investigadores, Marcela aparece como a R1 do grupo — cada advogado de Rua (daí o R) tinha uma função e o número representa o seu grau de hierarquia. O organograma vai até o R41. Segundo a denúncia do Ministério Público paulista, ela prestava contas e respondia diretamente ao chefe da célula, Valdeci Francisco Costa, que está preso no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) na Penitenciária de Presidente Bernardes (SP) — os investigadores o apontam como uma espécie de CEO do PCC.

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    “Seu papel é o de interagir com o diretor presidente (Valdeci Costa) levando dados e resultados do andamento operacional (…). Restringindo o contato direto para ampliar seu espaço de atuação para assuntos de maior conotação. (…) Estando ciente de todas as operações desenvolvidas pelo núcleo jurídico”, diz denúncia da promotoria.

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    Com base em e-mails e planilhas de contabilidade interceptados, os investigadores concluíram que a célula R contava com uma verdadeira estrutura empresarial, que produzia relatórios mensais, fazia auditorias e avaliações de desempenho, gerenciava seguros para os presos e pagava bonificações para premiar os funcionários mais produtivos.

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    Os delegados responsáveis pela Operação Ethos entraram em contato com autoridades paraguaias para conseguir a expulsão de Marcela ao Brasil. Ela foi presa junto com o marido que, segundo a Polícia Civil de São Paulo, tem antecedentes criminais.

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    A prisão da brasileira é mais um indício de que a facção esteja por trás do mega-assalto à transportadora de bens no Paraguai ocorrido na madrugada do dia 24 de abril. Fortemente armados com fuzis e explosivos, um grupo de cerca de 70 bandidos explodiu as paredes da sede da multinacional, que ficou destruída, e roubou em torno de 8 milhões de dólares — num primeiro momento, a empresa falou em 40 milhões de dólares, mas depois reduziu a estimativa. Na fuga, eles incendiaram dezenas de carros, trocaram tiros pelas ruas da cidade e causaram pânico em moradores. Um integrante do Grupo Especial de Operações do Paraguai foi assassinado durante o confronto. 

     

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