Um grupo de 60 homens da Força Nacional de Segurança Pública começou a atuar neste domingo, 3, nas operações de resgate em Brumadinho. Segundo a Vale, 226 pessoas ainda estão desaparecidas após o rompimento de barragem da mineradora na cidade – 121 morreram.
Os militares foram enviados em duas aeronaves pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, após pedido do governador de Minas , Romeu Zema (Novo).
Nas operações de resgate, já estão cerca de 300 homens do Corpo de Bombeiros, além de 950 policiais militares e agentes da Polícia Civil e Defesa Civil de Minas Gerais. Há ainda o reforço de bombeiros de São Paulo e Santa Catarina, assim como policiais de outras regiões no país.
Dez dias depois da tragédia causada pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, as buscas prosseguem em meio às dificuldades provocadas pelo mar de lama. A tentativa de resgate foi expandida para três áreas ainda pouco exploradas, atingidas pelo fluxo secundário do rejeito.
A lama, nesses locais, ainda está fluida, dificultando o deslocamento das equipes e configurando o que os bombeiros chamam de “zona quente”. Para acessá-las, devem ser usadas escavadeiras anfíbias, que conseguem se locomover em terrenos úmidos e perfurar a lama.
São nove retroescavadeiras, com esteiras similares à de tanques de guerra. Ainda é difícil e arriscado acessar a área. Durante toda a semana, equipes percorreram as margens da região em acessos por terra e com o uso de helicópteros, operação que segue em andamento.
Desde o dia 25 de janeiro, quando a barragem da mineradora controlada pela Vale cedeu, o Corpo de
Bombeiros informa que mais de 1.000 militares, incluindo duzentos bombeiros por dia, foram envolvidos nas buscas e nos salvamentos das vítimas dos rejeitos da mineradora, cuja lama se estende por cerca de 10 km lineares e por uma área de 4 km².
De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), quase 270 hectares de mata (equivalente a 378 campos de futebol) foram destruídos pelo colapso.
Segundo porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, não há prazo para concluir os trabalhos de busca de vítimas. Ele lembrou que em Mariana, em 2015, foram quatro meses de trabalho.
(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)