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Famílias são realocadas após emergência por risco de colapso em Maceió

Prefeito da capital alagoana anunciou que medida foi adotada por determinação da Justiça Federal; cinco bairros estão afundando por ação de petroquímica

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 nov 2023, 16h15 - Publicado em 30 nov 2023, 16h10
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  • .Pedido foi feito em uma das ações judiciais que busca a responsabilização da petroquímica pelo afundamento do solo em Maceió
    Mineração em Maceió afundou parte do solo da cidade -  (Divulgação/Divulgação)

    Um dia após decretar estado de emergência na cidade de Maceió, o prefeito da capital alagoana JHC (PL) anunciou na tarde desta quinta-feira, 30, que a Justiça Federal determinou que a petroquímica Braskem realoque famílias do Bom Parto, um dos cinco bairros que estão afundando em função das atividades da empresa na cidade. O desastre em andamento desde 2018 já levou ao esvaziamento de residências e deslocamento de 55 mil moradores.

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    O número de pessoas do bairro que terão de deixar suas casas não foi divulgado, mas trabalhos de orientação da população estão sendo realizados por equipes da Defesa Civil municipal. Nesta quarta-feira, 29, o decreto foi publicado no Diário Oficial e a emergência ficará em vigor por 180 dias por causa do risco de colapso de uma das minas da petroquímica. Segundo a prefeitura, o problema atinge a mina 18, localizada no bairro do Mutange.

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    Equipes da Defesa Civil Nacional chegaram à capital alagoana na noite desta quarta para dar suporte às autoridades locais. “Estamos atuando no monitoramento e o Governo Federal se mantém junto com o município para acompanhar este momento difícil”, disse Paulo Falcão, diretor da órgão, em nota.

    A Braskem informou que monitora a situação e que a área com risco de colapso, onde estava sendo realizado o trabalho de preenchimento dos poços, foi isolado na tarde de terça-feira, 28.

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    “A empresa também está apoiando a realocação emergencial dos moradores que ainda resistem em permanecer na área de desocupação. Essa realocação emergencial foi determinada judicialmente e está sendo coordenada pela Defesa Civil”.

    Segundo a empresa, a realocação preventiva dos bairros afetados pelo afundamento teve início em novembro de 2019 e “99,3% dos imóveis já estão desocupados”.

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    mapa
    Mapa da Defesa Civil com a área afetada pelo afundamento (Defesa Civil de Maceió/Reprodução)

    Decreto de emergência

    De acordo com o decreto de emergência,  a Defesa Civil do município relatou “o aumento expressivo de movimentação superficial do solo na região” e que há “iminência de colapso da mina 18 da mineradora Braskem na região da Lagoa Mundaú”.

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    Com a determinação, autoridades do município passam a ter o direito de entrar em imóveis para fazer a pronta evacuação em resposta a possíveis desastres.

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    Afundamento de bairros em Maceió

    O problema teve início no bairro do Pinheiro, onde os moradores foram impactados por tremores de terra e rachaduras começaram a aparecer nas ruas e imóveis. Análises foram realizadas por membros da Defesa Civil, tanto municipal quanto estadual, mas foi um relatório do Serviço Geológico do Brasil que constatou que o problema havia sido causado pela exploração inadequada do sal-gema, produto usado para fabricação de cloro e soda cáustica, pela mineradora.

    No mês passado, a Justiça determinou que a petroquímica indenize o Estado de Alagoas pelos impactos da atividade da empresa na capital. Na próxima semana, está prevista a apresentação de um requerimento para abertura da CPI da Braskem no Senado.

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