Ex-marido é preso por suspeita de encomendar morte de universitária em Santo André

Motivo do crime foi financeiro, segunda a polícia; um dos executores foi preso

Por Jean-Philip Struck
21 set 2012, 15h35

A universitária Lore Santana de Vaz foi encontrada morta em Santo André no dia 13 de setembro (Reprodução/VEJA)

A Polícia Civil prendeu na noite de quinta-feira o ex-marido da universitária Lore Santana Vaz, de 27 anos. Ela foi encontrada degolada no dia 13 de setembro, dentro do seu carro, em uma rua de Santo André, região metropolitana de São Paulo.

Segundo a corporação, Alan dos Santos Peçanha, de 27 anos, é suspeito de ter mandado matar a ex-mulher por que ela teria se recusado a dividir o dinheiro levantado com a venda de uma casa. A polícia afirma que Peçanha pagou 1 000 reais a dois homens para que eles executassem o crime. Um deles foi preso na madrugada de quinta-feira. O outro ainda está sendo procurado.

Lore Vaz estudava administração na Uniesp (União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo), em São Caetano do Sul.

Durante as investigações, a polícia divulgou imagens de uma câmera de segurança instalada na rua em que o carro da estudante foi encontrado. O registro foi feito na noite do dia 12 de setembro.

As imagens mostram dois homens estacionando o Fiat Uno cinza da universitária. Em seguida, a dupla entra em um Kadett vinho, ocupado por outra pessoa, que seguia o veículo. A polícia suspeita que Alan Santos era o motorista do Kadett.

Continua após a publicidade

Horas depois, o corpo de Vaz foi encontrado. O pescoço da vítima e uma orelha haviam sido cortados e o maxilar, quebrado.

Segundo a polícia, Vaz chegou a lutar com os suspeitos antes de morrer. Os peritos encontraram pele sob as unhas da vítima. O material foi colhido e deve ser comparado com o dos suspeitos.

A polícia não divulgou mais detalhes sobre o caso porque a Justiça de Santo André determinou na quarta-feira que as investigações sejam conduzidas em segredo de justiça. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o delegado responsável pelo caso já pediu à Justiça para que a decisão seja reconsiderada, e o segredo, anulado. A polícia também não informou se os suspeitos têm advogado.