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Ex-diretor do Museu Nacional nega ter dispensado ajuda financeira

Segundo site, um acordo com o Banco Mundial teria sido rechaçado pela UFRJ. Gestor do museu à época, porém, afirma que a universidade sequer foi consultada

Por Maria Clara Vieira e Luisa Bustamante
Atualizado em 5 set 2018, 11h51 - Publicado em 4 set 2018, 21h40

À frente do Museu Nacional entre 1998 e 2001, o antropólogo Luiz Fernando Duarte nega que a instituição tenha dispensado uma oferta de 80 milhões de reais para a reforma do Palácio São Cristóvão, destruído por um incêndio no último domingo. Segundo o site Brazil Journal, o ex-prefeito do Rio de Janeiro Israel Klabin teria costurado, na mesma época, um acordo com o Banco Mundial que previa o aporte financeiro para a modernização do imóvel, mas as negociações não foram adiante porque a UFRJ não teria aceitado abrir mão da gestão do museu para que ele virasse uma organização social.

Duarte, que hoje atua como diretor-adjunto da instituição, confirmou que teve conversas sobre o assunto com representantes do Banco Mundial, mas enfatizou que a universidade sequer foi consultada ao longo do processo. “Essa história de que a UFRJ negou a ajuda não procede de modo algum”, reforçou.

O diretor-adjunto confirmou a VEJA que Israel Klabin foi o mediador do encontro entre a diretoria do Museu Nacional e o pesquisador egípcio Ismail Serageldin, responsável pelo recém-criado Setor de Apoio Cultural do Banco Mundial. “Nós negociamos durante um tempo considerável, tínhamos uma pilha de documentos encaminhados quando o Banco Mundial fechou esse setor antes da liberação de qualquer recurso. Em seguida, Serageldin voltou para o Egito, onde fundou a Biblioteca da Alexandria”, lembrou.

Procurado, o Banco Mundial confirmou que “foram conduzidas conversas” sobre alternativas financeiras para ajudar o Museu Nacional, mas acrescentou que as negociações “não se concretizaram em ajuda financeira”. Sem detalhar as razões para o acordo não ter ido adiante, limitou-se a dizer que essas decisões “em geral são tomadas em conjunto entre o Banco Mundial e o governo federal”.

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