Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ex-diretor da Siemens omitiu conta secreta, diz jornal

Conta teria movimentado cerca de 6 milhões de euros em recursos ilícitos

Por Da Redação
27 ago 2013, 12h06
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um dos ex-executivos da Siemens que denunciaram a formação de cartel no sistema metroferroviário de São Paulo e Brasília sabia da existência de uma conta secreta em um paraíso fiscal operada por integrantes da empresa no Brasil, mas não relatou o fato no acordo de leniência firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

    Publicidade

    De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Newton Duarte, que comandou a diretoria de energia da Siemens do Brasil, assinou um documento de movimentação financeira da conta secreta aberta em 2003, cuja descoberta, em 2011, resultou na demissão do então presidente da empresa no Brasil, Adilson Primo.

    Publicidade

    Sediada no Banco Itaú Europa Luxemburgo, no Grão Ducado de Luxemburgo, a conta movimentou cerca de 6 milhões de euros.

    Leia também:

    Publicidade

    Ex-executivo da Siemens relata ilícitos em mais 2 áreas

    TCE quer declarar inidôneas empresas do cartel em SP

    Publicidade

    Sua titular era a empresa offshore Singel Canal Services CV, que tinha 99,99% das suas cotas em mãos da fundação privada Suparolo Private Foundation, formada por Primo e três sócios. A motivação da criação da conta é desconhecida. Investigadores suspeitam que ela tenha sido usada para movimentação ilícita de recursos.

    Continua após a publicidade

    A Siemens manteve muitas contas em paraísos fiscais para pagar propina a agentes públicos em diversos países do mundo – até 1999, o pagamento de propina não era crime na Alemanha.

    Publicidade

    Investigação – No Brasil, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual paulista investigam vínculos do cartel com políticos e agentes públicos. Ex-presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Sérgio Avelleda, que ocupou o cargo no governo de José Serra (PSDB) e depois dirigiu o Metrô no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), já é réu em ação de improbidade administrativa. A defesa de Avelleda afirma que as acusações não procedem.

    Entre os seis lenientes que assinaram acordo com o CADE, Newton Duarte é o que ocupava cargo mais alto. Ele era o responsável pela divisão de transportes da Siemens, foco principal das investigações das autoridades e da própria empresa. Duatre se reportava diretamente a Adilson Primo.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Por meio de nota, a Siemens disse que não se manifestaria sobre o caso. Questionada se deixou de fornecer informações à Justiça, não quis responder. Duarte não foi localizado e os advogados dos lenientes não quiseram se manifestar.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.