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Estudo indica que os médicos podem aprender muito com Shakespeare

Os médicos devem ler Shakespeare, é a indicação de um estudo recente e incomum divulgado e que afirma que o Bardo era excepcionalmente habilidoso em detectar sintomas psicossomáticos. Kenneth Heaton, médico da Universidade de Bristol, no oeste da Inglaterra, analisou as 42 principais obras de Shakespeare e 46 trabalhos do mesmo gênero de contemporâneos do […]

Por Ben Stansall
24 nov 2011, 09h42
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  • Os médicos devem ler Shakespeare, é a indicação de um estudo recente e incomum divulgado e que afirma que o Bardo era excepcionalmente habilidoso em detectar sintomas psicossomáticos.

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    Kenneth Heaton, médico da Universidade de Bristol, no oeste da Inglaterra, analisou as 42 principais obras de Shakespeare e 46 trabalhos do mesmo gênero de contemporâneos do escritor.

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    Ele descobriu que Shakespeare se destacou por sua capacidade de vincular sintomas físicos e angústia mental.

    Vertigem e tontura são sentidas por cinco personagens masculinos no auge de problemas emocionais, em “A Megera Domada”, “Romeu e Julieta”, “Henrique VI, Parte 1”, “Cimbelino”, e “Troilo e Créssida”.

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    Onze episódios de falta de ar relacionados a emoções extremas são encontrados em “Os dois cavalheiros de Verona”, “O estupro de Lucrécia”, “Vênus and Adônis” e “Troilo e Créssida”.

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    Mágoa ou angústia aparecem através de sintomas de fadiga em “Hamlet”, “O mercador de Veneza”, “Do jeito que você gosta”, “Ricardo II” e “Henrique IV, Parte 2”.

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    Distúrbios de audição em períodos de crise mental aparecem em “Rei Lear”, “Ricardo II” e “Vida e morte do Rei João”.

    Enquanto isso, frieza e desmaios, emblemáticos de choque profundo, ocorrem em “Romeu e Julieta”, “Julius Caesar”, “Ricardo III” e em outras obras.

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    “A percepção de Shakespeare de que torpor e sensações fortes podem ter uma origem psicológica parece não ter sido compartilhada por seus contemporâneos, nenhum deles incluiu estes fenômenos nos trabalhos examinados”, observa Heaton.

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    Shakespeare pode ajudar hoje em dia médicos que precisam atender a pacientes cujo estado físico mascara problemas emocionais profundos, sugere.

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    “Muitos médicos são relutantes em atribuir sintomas físicos a distúrbios emocionais, e isso resulta em diagnósticos tardios, mais investigação e tratamentos impróprios”, explica Heaton.

    “Eles poderiam aprender a ser médicos melhores estudando Shakespeare. Isto é importante porque os chamados sintomas funcionais são a principal causa de visitas a clínico geral e a encaminhamentos para especialistas”.

    O estudo foi divulgado na quarta-feira em uma publicação britânica, o Journal of Medical Humanities.

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