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Enem versus Fuvest

Entenda as diferenças entre os dois principais exames para o ingresso no ensino superior

Por Maria Clara Vieira Atualizado em 30 set 2016, 17h02 - Publicado em 29 set 2016, 17h52
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  • Desde que se tornou porta de entrada para a universidade, o Enem ganhou atenção especial das escolas e cursos preparatórios. A aceitação da nota deste exame como critério para a matrícula no curso superior facilitou muito a vida dos alunos, mas, pelo menos por enquanto, ela não vale para todas as escolas. Na Universidade de São Paulo (USP), sempre apontada como a melhor do país, o ingresso ainda depende do resultado no temido vestibular da Fuvest.

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    Ao contrário do Enem, que acontece em dois dias (este ano, 5 e 6 de novembro) e é composto por 190 questões de multiplicação escolha mais a redação, a Fuvest tem duas fases. A primeira, marcada para 27 de novembro, inclui 90 questões de múltipla escolha divididas em oito disciplinas. Se passar nesta, o aluno enfrentará uma segunda e mais puxada fase, de 8 a 10 de janeiro, com provas discursivas específicas e redação.

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    As diferenças entre os dois exames vão além da forma como são aplicados e do grau de dificuldade e transbordam para a própria abordagem do conteúdo apresentado no ensino médio. No Enem, valoriza-se a interpretação de textos e priorizam-se pontos mais conceituais e simples nas ciências exatas. Já na Fuvest, questões interdisciplinares exigem conhecimentos específicos e um raciocínio mais elaborado.

    A pedido de VEJA, professores da Escola Móbile, de São Paulo, compararam as duas provas por grupos de disciplinas. Independente do exame, uma recomendação é unânime: a melhor forma de se preparar é resolvendo provas antigas, comparando questões e analisando os erros, para não repeti-los. Abaixo de cada tópico, clique para ver como são tratadas questões da mesma área nos dois exames.

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    Linguagens
    Na Fuvest, o conhecimento das regras da linguagem escrita pesa mais do que a interpretação de texto. O Enem, por sua vez, tende a avaliar a interpretação com mais rigor do que o uso correto do português – o que não quer dizer que dispense o apuro técnico. “No Enem, o aluno precisa dominar o vocabulário para definir tipologias textuais, como dissertação, e para identificar recursos de linguagem, como metáfora”, diz a professora Cristiane Siniscalchi. Uma particularidade da Fuvest é a exigência de leitura de uma lista de livros. Para quem deixou esta parte para a última hora, a orientação é, pelo menos, buscar informações sobre o enredo das obras listadas (este ano, são nove), sua estética literária e contexto histórico.

     

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    Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia, Sociologia)
    Os textos acadêmicos citados nas provas da Fuvest têm linguagem complexa e exigem estudo prévio aprofundado. Além disso, há menção a períodos específicos, como história antiga, medieval ou contemporânea. “O Enem, por outro lado, favorece temas da atualidade e, quase sempre, é possível encontrar as respostas no próprio texto”, explica a professora Teresa Chaves.

     

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    Matemática
    O Enem apresenta questões menos complicadas nesta área, cuja solução depende de conceitos básicos. Na Fuvest, o raciocínio terá que ser mais complexo e elaborado. “Quem estuda matemática só para o Enem se assusta quando vê a prova da Fuvest. Nela, não basta decorar fórmulas”, avisa o professor Blaidi Sant’Anna.

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    Ciências da Natureza (Química, Física, Biologia)
    Também nestas disciplinas a Fuvest coloca questões interdisciplinares que demandam conhecimento profundo da matéria, enquanto a exigência do Enem não vai muito além de conceitos básicos. “Na Fuvest o aluno precisa ter habilidade para relacionar matérias diversas, com certo grau de sofisticação, enquanto o Enem em geral prioriza a aplicação de conceitos à vida cotidiana”, explica Vivian Mantovani.

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