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Empresário comete suicídio em evento com governador de Sergipe e ministro

Sadi Gitz atirou contra si em um hotel na Orla da Atalaia após o pronunciamento de Belivaldo Chagas (PSD-SE)

Por Giovanna Romano Atualizado em 4 jul 2019, 15h51 - Publicado em 4 jul 2019, 10h39

O empresário Sadi Paulo Castiel Gitz, da indústria de cerâmica Escurial, cometeu suicídio na manhã desta quinta-feira, 4, durante o evento “Simpósio de Oportunidades – Novo Cenário da Cadeia do Gás Natural” em Sergipe. Estavam presentes no evento o governador do estado Belivaldo Chagas (PSD-SE) e o ministro de Minas e Energia almirante Bento Albuquerque.

Em nota oficial, o governo de Sergipe lamentou o ocorrido e confirmou o cancelamento do evento. A solenidade discutiria “aspectos relacionados à produção e oferta de gás em Sergipe, as estratégias do Governo Federal e Estadual para a área, bem como a visão de instituições e empresas envolvidas no tema”, segundo divulgação.

O advogado Paulo Roberto Dantas Brandão lamentou o suicídio do amigo pelas redes sociais e deu detalhes da morte, que recebeu por mensagens. “Um amigo me envia um zap: Sadi acaba de se suicidar. (…) Logo após a fala do governador. ‘Estava algumas fileiras sentado na plateia atrás dele’, informou-me outro amigo. ‘Depois de gritar que o governador era mentiroso, sacou a arma e se matou’, disse outro”, escreveu.

O amigo do empresário apontou os problemas financeiros que a empresa enfrentava. Dantas também afirmou que Gitz era “um cara fino, de grande cultura”. “Ainda aturdido, desisti de tentar entender as razões, as causas de um suicídio, principalmente num cara decente, trabalhador, boa gente. Só consigo imaginar que Sadi, num último grito de desespero, quis transformar seu gesto extremo em um protesto, num grand finale“, concluiu.

Gitz era dono de uma fábrica de cerâmica em recuperação judicial. Em maio deste ano, a empresa deu início ao processo de “hibernação” com a perda de mais de 600 empregos diretos e indiretos. “O motivo determinante para essa decisão foi o preço do gás cobrado pela concessionária Sergás, empresa do governo do Estado de Sergipe”, apontou a empresa à época.

“Nenhuma empresa ou empresário tem satisfação em hibernar, mudar ou relocar uma unidade, mas as condições operacionais só existem se houver uma política real de fomento à atividade produtiva”, acrescentou a empresa, então comandada por Gitz.

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do meio do presidente Jair Bolsonaro, usou as redes sociais para criticar a equipe de segurança que estava presente no evento. “Mais uma falha de segurança. Seria bom a segurança do presidente ficar mais atenta”, escreveu, sem lamentar a morte do empresário.

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