Embarcação acidentada ficará 10 dias fora de operação
Técnicos da Barcas S.A. ainda tentam descobrir o que causou colisão do Gávea I contra atracadouro na Baía de Guanabara. Batida deixou 55 feridos
A embarcação Gávea I, que colidiu contra um atracadouro desativado na Baía de Guanabara, na segunda-feira, deixando 55 passageiros feridos, só deve voltar a operar dentro de 10 dias. Este é o prazo mínimo informado pela Barcas S.A. para o restabelecimento do serviço. Até lá, os passageiros terão de enfrentar filas maiores nos horários de rush para a travessia Rio-Niterói – das 17h30 às 20h, e entre 7h e 10h, na parte da manhã.
O catamarã Gávea I está sendo submetido a uma vistoria detalhada, com muitas partes desmontadas para que técnicos da empresa e dos órgãos de fiscalização descubram o que causou o acidente. Apesar de não haver qualquer informação sobre as suspeitas mais prováveis, as providências após o acidente indicam falhas mecânicas como a hipótese mais provável.
Com o Gávea I recolhido para o estaleiro da Barcas S.A., na Ponta da Areia, em Niterói, a frota de 20 embarcações que atua no transporte marítimo na região metropolitana fica com apenas 19 veículos.
O inquérito aberto pela Capitania dos Portos na segunda-feira tem um prazo de 90 dias para ficar pronto. Ou seja, só em três meses deverão ser levantadas as causas que fizeram a embarcação Gávea I ficar à deriva. É a capitania a responsável por fiscalizar e vistoriar as barcas. A partir dos 90 dias, o relatório será encaminhado à Agetransp. Na segunda, técnicos da agência coletaram imagens e depoimentos para o dossiê que eles também elaboram. Somado às informações da capitania e dos técnicos da própria agência, a Agetransp ainda ouvirá as explicações que a concessionária Barcas S.A dará para o acidente.
A partir dessa análise, a Agetransp dará o veredito, que tem algumas variações. Uma das conseqüências mais graves é recomendar ao estado do Rio a cassação da concessão. Os problemas no transporte público no Rio não são novidade. Nos dias 24 de outubro, 9e 11 de novembro, os trens apresentaram falhas. No fim de outubro, houve descarrilamento no ramal Saracuruna. No dia 9, foi a vez de acontecer uma avaria na rede aérea perto da estação Quintino Bocaiúva. Dois dias depois, um trem descarrilou no ramal de Japeri. Todos implicaram em atrasos e em aberturas de processos pela Agetransp.
LEIA TAMBÉM:
Embarcação com 900 passageiros colide na Baía de Guanabara e deixa 55 feridos