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Edinho Silva sugeriu a Delcídio que laboratório pagasse dívidas de campanha em 2014

Senador afirmou em delação que, com empreiteiras enroladas no petrolão, a área da saúde tem sido visada para pagamentos de propina a políticos e campanhas eleitorais

Por Da Redação 15 mar 2016, 21h17
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  • Com a decadência dos empreiteiros atingidos pela Operação Lava Jato, planos de saúde e laboratórios farmacêuticos podem estar se tornando os pagadores de propina preferidos para campanhas políticas. A conclusão consta da delação premiada do senador Delcídio do Amaral homologada nesta terça-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.

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    Candidato derrotado ao governo do Mato Grosso do Sul em 2014, Delcídio afirma ter procurado Edinho Silva, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social do Governo e tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014, para que ele o ajudasse a abater uma dívida de um milhão de reais de sua campanha com a FSB Comunicação e a Black Ninja, de Zilmar Fernandes, ex-sócia do marqueteiro Duda Mendonça.

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    Edinho teria proposto, de acordo com o senador, que ele pedisse às empresas credoras a emissão de notas fiscais nos valores devidos, mas que colocassem o laboratório farmacêutico EMS como cliente dos serviços. Delcídio conta que a FSB e a Black Ninja apresentaram notas fiscais e pagaram impostos sobre elas, mas não quiseram receber do laboratório quando vieram à tona denúncias de corrupção contra o EMS. As empresas “cancelaram as notas fiscais e ficaram no prejuízo”, relata Delcídio em seu depoimento. Sem solução e “com as contas penduradas”, o senador foi orientado a procurar o ministro Aloízio Mercadante, que orientou Delcídio a procurar o presidente do laboratório farmacêutico.

    Segundo o delator, “até pela visibilidade negativa que o Caso Lava Jato impôs aos setores de energia, engenharia e petróleo”, “há verdadeira ‘queda de braços'” pela indicação de nomes às cúpulas das agências reguladoras relacionadas à saúde, área onde Edinho e Mercadante sugeriram que Delcídio buscasse quitar suas dívidas de campanha. Delcídio afirma que Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Eunício de Oliveira (PMDB-CE) “possuem papel e força incontestável quanto a essas indicações”.

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