Por Fábio Grellet
Rio de Janeiro – Dois helipontos da zona sul do Rio de Janeiro que funcionavam sem licença de operação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) foram lacrados nesta segunda-feira pela Secretaria Estadual do Ambiente. Um fica no morro da Urca e pertence à Helisul Táxi Aéreo. O outro, situado no morro Dona Marta, em Botafogo, é do Instituto Chico Mendes, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente.
A falta de documentação havia sido constatada durante uma fiscalização ocorrida em 15 de maio. Na ocasião, outros dois helipontos também foram visitados, na Lagoa, mas esses têm licença para funcionar. Os helipontos ficarão lacrados até que se adaptem à legislação. A Helisul informou que analisa o caso para reabrir o heliponto o mais rápido possível.
Os helipontos são usados principalmente para atender turistas interessados em fazer voos panorâmicos. Atualmente o Rio tem uma frota de 386 aparelhos, a segunda maior do País (São Paulo tem mais de 650). Nos bairros próximos do Cristo Redentor e do Pão de Açúcar, moradores reclamam do barulho provocado pelos voos.
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou a adoção de dois programas de fiscalização: um de observação da rota dos voos e outro de monitoramento de ruído em quatro pontos da zona sul, nas proximidades do Hospital da Lagoa, na Urca, no Mirante Dona Marta e no Humaitá. O objetivo é identificar quantos e quais são os voos regulares e propor regras.