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Deputado petista recebeu doação de membro do PCC

Flagrado em reunião com criminosos, o deputado estadual Luiz Moura (PT) recebeu doações de campanha do alto escalão do partido

Por Mariana Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 jun 2014, 12h32
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  • A eleição do ex-assaltante, ex-­presidiário, frequentador de reuniões organizadas por facção criminosa e atual deputado estadual pelo PT Luiz Moura foi resultado de um esforço da cúpula do seu partido – e não apenas da generosidade de Jilmar Tatto, secretário de Transportes da prefeitura de São Paulo e financiador de um terço da campanha do deputado em 2010. Só a ministra da Cultura, Marta Suplicy, doou ao antigo colaborador 35 000 reais. Quando ela foi prefeita de São Paulo, o agora deputado atuava como líder de perueiros da Zona Leste ao lado de seu irmão, o hoje vereador petista Senival Moura, acusado pelo Ministério Público de registrar veículos de transporte público em nome de laranjas para burlar a lei e faturar com o serviço. Outros figurões petistas, como o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o mensaleiro José Ge­noí­no, também constam dos registros do Tribunal Superior Eleitoral como colaboradores da campanha de Moura (veja valores abaixo).

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    O deputado, um velho conhecido da lei – condenado por assalto a dois supermercados em 1993, escapou da cadeia e viveu dez anos como foragido -, voltou a entrar na mira dos policiais há duas semanas em meio à investigação sobre os ataques a ônibus em São Paulo.

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    Dois grandes grupos compõem o sistema de transporte paulistano: as empresas tradicionais e as cooperativas, formadas na gestão Marta com a legalização dos perueiros. Desde o início deste ano, ônibus pertencentes às empresas tradicionais vinham sendo incendiados quase diariamente. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) passou a investigar os episódios e, em 17 de março, flagrou uma reunião na garagem de uma cooperativa na Zona Leste supostamente organizada para planejar novos ataques a veículos. Das 45 pessoas presentes, dezoito eram membros da facção criminosa PCC e 26 tinham passagem pela polícia. Moura era um deles. Ao ser abordado, apresentou-se como parlamentar e escapou de ser levado à delegacia.

    Desde que o nome do deputado apareceu no noticiário, não houve mais registro de queima de ônibus em São Paulo. Moura nega qualquer relação com o PCC. Mas, curiosamente, a facção criminosa, ou pelo menos alguns de seus membros, não nega relação com ele. Pelo contrário. Nos dados do TSE, um de seus doadores é o ex-presidiário Claudemir Augusto Carvalho – condenado por furto, roubo e, segundo o Deic, membro do grupo criminoso que Moura agora renega.

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