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Depoimento de secretário contradiz Pazuello sobre crise de oxigênio no AM

Titular da Saúde no Amazonas, Marcellus Campêlo disse ao MPF que informou a falta de oxigênio em 7 de janeiro, três dias antes do dito por ex-ministro à CPI

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 Maio 2021, 19h51 - Publicado em 20 Maio 2021, 19h39

Em depoimento à CPI da Pandemia nesta quinta-feira, 20, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello declarou que só teve conhecimento no dia 10 de janeiro de que o “risco logístico” traria “graves problemas de oxigênio” no estado do Amazonas. A informação contradiz uma sequência de fatos enumerados pelo secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo, em depoimento à Procuradoria da República no Amazonas.

Segundo Campêlo, ele telefonou na noite do dia 7 de janeiro a Pazuello para falar sobre problemas com o abastecimento de oxigênio e pedir apoio para o transporte aéreo de cilindros da empresa White Martins, a maior fornecedora local. Pazuello teria lhe respondido para procurar o comandante do Exército da Amazônia.

“Logo que eles [o pessoal da White Martins] saíram, eu liguei para o Pazuello. Era por volta de oito horas. Prontamente, ele me atendeu. Eu expliquei a situação, dessa demanda… Então, ele falou: pede para o Wilson [Lima, governador do Amazonas] ligar para o general e fazer o pedido”, relatou o secretário em oitiva obtida por VEJA.

Ao ser confrontado com essa informação, Pazuello disse que a conversa com Campêlo tratou apenas de um “pedido exclusivo para apoio logístico” e não sobre o risco de colapso. Ocorre que naquele mesmo dia 7, o ofício enviado pela secretaria estadual do Amazonas, a pedido do então ministro da Saúde, fala em “súbito aumento no consumo” de oxigênio e “iminência de esgotamento do referido insumo”.

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As datas exatas sobre quando as autoridades tiveram conhecimento do risco de desabastecimento de oxigênio hospitalar no Amazonas viraram peça chave para aferir a responsabilidade dos envolvidos na tragédia. Tanto Pazuello como Câmpelo são processados pelo MPF por improbidade administrativa por terem se omitido em tomar providências para dimensionar a falta de oxigênio e não terem adotado ações rápidas para evitar o colapso, que acabou culminando na morte de pacientes por asfixia.

“Bastaria realizarem reuniões técnicas com mínima profundidade com o secretário de Saúde e seus auxiliares para constatar que não se fazia, no estado, redimensionamento da demanda futura por oxigênio medicinal. Por outro lado, no que atine à oferta do produto, bastaria traçarem estratégia junto a servidores do próprio Ministério da Saúde e aos fornecedores para que se agisse prontamente diante de qualquer notícia de possível demanda não atendida”, diz a ação assinada pelo procurador Gladston Viana.

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