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Defesa tumultua início do julgamento do goleiro Bruno

Júri no Fórum de Contagem tem roteiro previsível: Ércio Quaresma ataca juíza, reclama de prazos e consegue interromper a sessão 20 minutos depois do início

Por Da Redação
19 nov 2012, 12h21
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  • As primeiras horas do julgamento dos acusados de matar a jovem Eliza Samudio seguiram um roteiro até certo ponto previsível. Como desde o início das investigações, a defesa adotou medidas para tumultuar o trabalho e, com isso, prejudicar a compreensão dos jurados. O maestro da fanfarra, como se esperava, foi o advogado Ércio Quaresma, criminalista que nunca escondeu sua intenção de transformar o julgamento em um circo. Quaresma ganha popularidade – e clientes – a partir de seu estilo agressivo e de sua capacidade de deixar o julgamento em segundo plano, para ele próprio aparecer no centro do picadeiro. Em relação ao goleiro Bruno, até agora ele nada conseguiu de concreto.

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    Pela manhã, antes do início da sessão, Ércio Quaresma criou vários tumultos. Discutiu por espaço no plenário, exigiu “seis computadores” para seus assistentes, revoltou-se contra a decisão da juíza Marixa Fabiane Rodrigues de dispensar jurados que tinham participado da absolvição – no mês passado – do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, seu único cliente no Caso Bruno, atualmente.

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    Depois de três horas de atraso, Quaresma conseguiu, também, a suspensão do julgamento. A magistrada concedeu 20 minutos a cada um dos defensores para apresentar seus pleitos iniciais e, no caso de a reclamação proceder, dissolver o conflito. Depois de usar seus 20 minutos para criticar o limite definido pela juíza, Quaresma e sua equipe deixaram. O julgamento foi então interrompido. Com a sala em polvorosa, ele aproveitou para começar o show para os jurados: “Quando há tendência, impõe-se ao réu limites inaceitáveis na Constituição. O que foi feito aqui é macular o direito. Hoje, foi um réu. Amanhã, pode ser o parente de um de vocês. Escolham se querem ser julgados desta forma”, disse, apontando para os jurados.

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    A encenação do defensor de Bola, de tão repedida (assista ao vídeo) começa a perder o efeito. Mas a credibilidade de Quaresma tem, no entanto, um ponto positivo: afinal, no início do mês ele absolveu o ex-policial em outro júri por homicídio, contra um ex-carcereiro. Bola é o acusado de matar Eliza, a mando de Bruno, contratado pelo amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.

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    Até a véspera do julgamento, havia uma suspeita: a de que Quaresma reassumiria a defesa de Bruno, pois o goleiro estaria insatisfeito com o trabalho do advogado Rui Pimenta, que o representa atualmente. O próprio Quaresma lançou o boato. Bastaria “uma piscada de olho” para o Bruno concordar em trocar de defensor – o que, até o início da tarde desta segunda-feira, não se confirmou.

    Rui Pimenta, como mostrou reportagem do site de VEJA, tem um ponto vulnerável em seu histórico no caso: inicialmente, afirmou que só aceitaria defender o goleiro caso ele admitisse que Eliza Samudio foi morta, e a partir daí sustentaria que houve crime, mas que seu cliente é inocente. Recentemente, Pimenta passou a dizer que Eliza não foi morta, e que estaria “no Leste europeu”, com base em um documento apócrifo.

    Para a tese de defesa, a proliferação de diferentes versões só contribui por inserir elementos que certamente dificultam a compreensão do júri. Mas há mais perdas que ganhos com a mudança de tese de Pimenta. Ministério Público e assistentes de acusação podem atacar as versões dos defensores e obriga-los a admitir uma mentira.

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