Para driblar as restrições de voos comerciais por causa da pandemia do novo coronavírus, uma quadrilha brasileira resolveu comprar um jato para transportar cargas de cocaína à Europa. O caso foi descoberto pela Polícia Federal portuguesa na operação White Wing, que interceptou a aeronave no aeroporto de Lisboa, no início de outubro, com 170 quilos de cocaína – mercadoria avaliada em cerca de 40 milhões de reais pelo seu grau de pureza.
Conforme os registros, a aeronave realizou nos últimos meses voos a partir de Belo Horizonte, São Paulo, Ibiza, Faro e Lisboa. Três brasileiros foram presos em flagrante. “As organizações são dinâmicas, multifacetadas, e têm uma grande capacidade de readaptação, e essa operação demonstra isso”, declarou o diretor da Unidade Nacional de Combate aos Entorpecentes, Artur Vaz.
A droga apreendida estava escondida em oito malas com o emblema “Fusca”. Os tripulantes se passavam por viajantes de luxo para driblar a fiscalização. Conforme informações publicadas na imprensa portuguesa, a aeronave tinha o registro de sede em Belo Horizonte e foi comprada em 2017 por 2,5 milhões de reais. Dinheiro, pelo jeito, não é problema quando se trata do tráfico internacional de drogas.