O PT e o PSDB não conseguem liderar a disputa pela Prefeitura de São Paulo entre seus próprios apoiadores. É o que mostrou pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. A pesquisa foi feita entre os dias 12 e 13 de julho e ouviu 1.092 pessoas. A margem de erro é de três pontos porcentuais.
Entre os eleitores que se dizem simpatizantes com o PT, a senadora Marta Suplicy, que deixou a sigla para se filiar ao PMDB, é tão citada quanto o atual prefeito da capital paulista, o petista Fernando Haddad. O mesmo ocorre entre o eleitorado tucano: Celso Russomanno, do PRB, é o predileto à frente do empresário João Doria.
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Considerado apenas o eleitor tucano, o candidato do PRB tem 30% de apoio, enquanto Doria aparece com 19%. Se o eleitorado geral for levado em consideração, Russomanno está na liderança isolada, com 25% das intenções de voto – em seguida, aparece Marta, com 16%. Os partidos preferidos dos eleitores são PT e PSDB, com 11% e 7%, respectivamente.
O levantamento também mostrou que a preferência do eleitorado varia conforme os níveis de escolaridade, renda e idade. Entre os eleitores que possuem curso superior, a disputa muda completamente de perfil em relação ao eleitorado geral: Russomanno, Erundina, Haddad e Doria estão quase empatados e Marta fica para trás. Em relação ao eleitorado de renda familiar acima de cinco salários mínimos, Haddad, Doria e Erundina também ampliam seus percentuais.
Já na divisão do eleitorado por idade, Erundina vai bem entre os entrevistados com 60 anos ou mais. A candidata do PSOL governou o município entre 1989 e 1992, por isso é pouco conhecida entre jovens de até 24 anos de idade.
Se for considerado o eleitorado de escolaridade de nível fundamental e de renda familiar de até dois salários mínimos, Russomanno e Marta largam na frente dos oponentes. No cenário sem o candidato do PRB, Marta lidera com 21%, ante Erundina, com 13%.