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Crivella e Witzel dizem que vão privatizar Carnaval na Marquês de Sapucaí

Prefeito e governador do Rio falam em parceria e dizem que há uma empresa interessada que até já fez proposta para a liga das escolas de samba

Por Emerson Voltare
Atualizado em 26 jun 2019, 17h48 - Publicado em 26 jun 2019, 17h30
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  • O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), e o governador Wilson Witzel (PSC) anunciaram na tarde desta quarta-feira, 26, que o desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí será privatizado em 2020.

    Ambos anunciaram o projeto após um almoço no Palácio Guanabara, nas Laranjeiras, sede do governo do estado. As duas gestões estudam uma parceria para viabilizar a concessão. Atualmente, o evento é de responsabilidade do município.

    “O município não consegue suportar isso. Eu sei que há uma empresa que fez uma proposta para a Liesa [liga das escolas de samba do Rio], e então o Carnaval será privatizado. Virá dos recursos privados, já que nós vivemos uma crise fiscal muito grande”, afirmou.

    Já Witzel disse querer  o sambódromo funcionando o ano inteiro. “Este ano nós trabalhamos juntos. O que eu quero é que o Carnaval não pare. É um custo pesado para o município, que tem uma dívida galopante para pagar. O que eu penso do sambódromo é que ele tem que funcionar o ano inteiro. Basta um contrato, um modelo ideal para que isso aconteça.”

    Não é de hoje que Crivella bate de frente com os gastos públicos com a maior festa popular da cidade do Rio. Em fevereiro deste ano, o prefeito anunciou que o Carnaval de rua deste ano seria menor que o de 2018. “As mulheres vão entender isso. Carnaval é um bebê parrudo que precisa ser desmamado e andar com as próprias pernas.”

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    “Desde que assumi, achei que o melhor que eu poderia fazer pelo Carnaval era despertar a capacidade que o Carnaval tem de viver com as próprias pernas.”

    Neste ano, a prefeitura autorizou reduzir em 15% o número total de desfiles de blocos pela cidade.

    Com relação às escolas de samba do Grupo Especial, desde que assumiu, cortou pela metade o repasse que anteriormente era dado pela gestão de Eduardo Paes. Reduziu de 2 milhões de reais para 1 milhão de reais o que cada agremiação recebe do poder público.

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