O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), e o governador Wilson Witzel (PSC) anunciaram na tarde desta quarta-feira, 26, que o desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí será privatizado em 2020.
Ambos anunciaram o projeto após um almoço no Palácio Guanabara, nas Laranjeiras, sede do governo do estado. As duas gestões estudam uma parceria para viabilizar a concessão. Atualmente, o evento é de responsabilidade do município.
“O município não consegue suportar isso. Eu sei que há uma empresa que fez uma proposta para a Liesa [liga das escolas de samba do Rio], e então o Carnaval será privatizado. Virá dos recursos privados, já que nós vivemos uma crise fiscal muito grande”, afirmou.
Já Witzel disse querer o sambódromo funcionando o ano inteiro. “Este ano nós trabalhamos juntos. O que eu quero é que o Carnaval não pare. É um custo pesado para o município, que tem uma dívida galopante para pagar. O que eu penso do sambódromo é que ele tem que funcionar o ano inteiro. Basta um contrato, um modelo ideal para que isso aconteça.”
Não é de hoje que Crivella bate de frente com os gastos públicos com a maior festa popular da cidade do Rio. Em fevereiro deste ano, o prefeito anunciou que o Carnaval de rua deste ano seria menor que o de 2018. “As mulheres vão entender isso. Carnaval é um bebê parrudo que precisa ser desmamado e andar com as próprias pernas.”
“Desde que assumi, achei que o melhor que eu poderia fazer pelo Carnaval era despertar a capacidade que o Carnaval tem de viver com as próprias pernas.”
Neste ano, a prefeitura autorizou reduzir em 15% o número total de desfiles de blocos pela cidade.
Com relação às escolas de samba do Grupo Especial, desde que assumiu, cortou pela metade o repasse que anteriormente era dado pela gestão de Eduardo Paes. Reduziu de 2 milhões de reais para 1 milhão de reais o que cada agremiação recebe do poder público.