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Corpo do menino morto em Habib’s é exumado para investigação

Família e peritos independentes contestam versão de óbito por uso de entorpecentes

Por Da Redação
Atualizado em 3 abr 2017, 22h17 - Publicado em 3 abr 2017, 11h19
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  • Morto no último dia 26 de fevereiro, o menino João Victor Souza Carvalho, de 13 anos, teve o corpo exumado nesta segunda-feira, na unidade central do Instituto Médico-Legal (IML) de São Paulo. A morte ocorreu em frente a uma unidade da rede fast food Habib’s em Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte da capital paulista e foi alvo de protestos, após a suspeita de que seguranças da lanchonete poderiam ter agredido o garoto.

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    O procedimento de exumação, solicitado pela família, tem a finalidade de confrontar o laudo anterior apresentado pela Polícia Civil, que negava a possibilidade de agressões e apontava para o uso de entorpecentes seguido de infarto como causa da morte do garoto. Segundo o advogado Francisco Carlos da Silva, que representa os familiares de João Victor, foram refeitos todos os exames laboratoriais, incluindo novas análises de escoriações e substâncias.

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    O atestado emitido pelo médico legista Danilo Vendrame Vivas, alegava que foram encontradas no adolescente as substâncias tricloroetileno e clorofórmio, utilizados na produção de lança-perfume e supostamente responsáveis por uma cardiopatia que teria provocado o óbito. Em entrevista a VEJA, o perito chileno Eduardo Llanos, que atua de forma independente no caso, questionou a rapidez com que Vivas chegou a esta conclusão: “Estranhamos o laudo ter sido emitido com tamanha rapidez [concluído no dia 7 de março]. Também queremos entender por que o caixão estava lacrado, além de contestarmos apontamentos do laudo”, alegou.

    Outro perito independente, Levi Miranda, fez coro a avaliação de Llanos, apontando para os relatos de agressão por parte de testemunhas. “O legista do caso não informou quais materiais foram coletados para enviar ao laboratório de toxicologia”, afirmou. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) emitiu nota no mês passado afirmando que a investigação do IML seguiu o prazo legal e os padrões científicos internacionais. A SSP também alega que “outros exames, como tomografias, também não encontraram sinais de que a morte tenha sido causada por agressão”, fazendo coro às conclusões do delegado Antonio Celso Berna Peduti, que descartou essa hipótese.

    O Ministério Público de São Paulo também abriu uma investigação contra a rede Habib’s por infringir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao divulgar boletins de ocorrência abertos contra João Victor. Segundo a promotoria, a empresa infringiu o ECA ao expor o garoto, através de comunicado à imprensa, em atos infracionais sem autorização da família e da Justiça.

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