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Contra motim, Pezão antecipa reajuste de salários da segurança

Governo previa adiar aumentos para 2020, mas teme paralisações de policiais; outras categorias terão de esperar a aprovação de acordo com a União

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h58 - Publicado em 8 fev 2017, 18h39

Para evitar um possível motim de policiais – como tem ocorrido há cinco dias com o vizinho Espírito Santo -, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB) anunciou o pagamento dos salários dos servidores da segurança pública no próximo dia 14 (terça-feira) com reajuste de até 10,22%. No pacote de ajuste fiscal para o estado anunciado no fim do ano passado, o governo previa adiar o pagamento dos reajustes da categoria para 2020.

Em nota, o governo disse que a medida vai atingir policiais militares e civis, bombeiros, agentes penitenciários e demais funcionários das secretarias de Segurança e Administração Penitenciária e órgãos vinculados, além de trabalhadores ativos da educação.

Pezão conversou nesta quarta-feira, com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, sobre a onda de rumores nas redes sociais a respeito de supostos movimentos para paralisar as atividades de policiais militares no Rio. A ideia é acionar o setor de inteligência das Forças Armadas para tentar localizar as origens do que o governo chamou de “boatos” em nota.

Na manhã desta quarta-feira, Pezão se reuniu por cerca de três horas com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Wolney Dias, e o secretário de Segurança, Roberto Sá, para tratar do assunto e traçar a estratégia a ser adotada caso aconteça uma ação semelhante à registrada no estado vizinho, onde a situação é tensa.

Pezão frisou que depende do acordo com o governo federal para normalizar os pagamentos das demais categorias. Nesta terça, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou em parecer que o pedido do governo fluminense para antecipar termos do acordo de recuperação fiscal firmado com a União seja indeferido. A Advocacia-Geral da União (AGU) e as áreas jurídicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal também foram contra a antecipação dos benefícios, que incluem a concessão de novo empréstimo de R$ 6,5 bilhões para que o estado pague salários atrasados.

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“A gente sabe o que representa a segurança pública para o estado do Rio. Por isso, mantivemos esse compromisso o tempo inteiro, mesmo com muita dificuldade. É uma situação muito difícil. Eu queria pagar todos os servidores em dia, mas eu dependo do acordo que a gente está fazendo com a União e da aprovação das medidas que vamos mandar para Assembleia Legislativa. Isso vai dar previsibilidade para colocar os salários em dia e todo mundo receber no mesmo dia”, afirmou Pezão.

Os servidores da segurança receberão o pagamento de janeiro com até 10,22% de aumento. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros terão reajuste de 7,65%. Já para a Polícia Civil o percentual será de 10,22%. Delegados da Polícia Civil terão os vencimentos reajustados em 3,3%. Inspetores de segurança e administração penitenciária receberão aumento de 3,24%.

(Com Estadão Conteúdo)

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