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Comandante da PM confirma propina a policiais em UPP

Por Fábio Grellet Rio – Policiais que atuam na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Coroa, Fallet e Fogueteiro, morros situados no Rio Comprido, na zona norte do Rio, recebem propina para não combater o tráfico de drogas naquela região. A denúncia, publicada pelo jornal “O Dia”, foi confirmada pelo comandante da Polícia Militar, coronel Mário […]

Por Da Redação
11 set 2011, 20h03
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  • Por Fábio Grellet

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    Rio – Policiais que atuam na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Coroa, Fallet e Fogueteiro, morros situados no Rio Comprido, na zona norte do Rio, recebem propina para não combater o tráfico de drogas naquela região. A denúncia, publicada pelo jornal “O Dia”, foi confirmada pelo comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte.

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    Duarte não divulgou o número de policiais envolvidos no esquema de corrupção – 30 dos 206 que compõem o efetivo da UPP, segundo “O Dia” -, mas afirmou que o caso está sendo investigado em um inquérito policial militar que deve ser concluído nesta semana. A investigação está sendo feita pelo próprio Comando de Polícia Pacificadora. O chefe desse Comando, coronel Robson Rodrigues, afirmou que vai afastar nas próximas horas o comandante da UPP, capitão Elton Costa, e o subcomandante, tenente Medeiros. O novo comandante já foi definido, mas ainda não divulgado.

    Segundo Rodrigues, o afastamento dos comandantes e de outros policiais não indica necessariamente o envolvimento deles com o esquema de corrupção. “Algumas trocas serão feitas para atender policiais que querem trabalhar mais perto de casa”, afirmou.

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    A PM não confirmou o volume de dinheiro movimentado pelo esquema – segundo “O Dia” são R$ 53 mil mensais no total, em parcelas de R$ 400 a R$ 2.000 para cada policial.

    Rodrigues afirmou que a denúncia foi feita por moradores à PM, e o caso é investigado há semanas. Na última segunda-feira, três policiais dessa UPP estavam de folga quando foram presos na comunidade pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora com R$ 13.400 cuja origem eles não souberam explicar. O dinheiro estava dividido em envelopes com nomes de policiais.

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    Os PMs (dois soldados e um sargento) foram presos administrativamente, mas já estão livres. Eles deixaram de prestar serviços na rua e agora desempenham funções internas. Segundo “O Dia”, o sargento seria o responsável por negociar com criminosos.

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    Dois ataques a PMs podem ter relação com o esquema de corrupção. Em junho, criminosos lançaram uma granada contra três PMs que patrulhavam o morro do Fallet. Um dos policiais perdeu parte da perna direita e fraturou o braço. Os outros sofreram escoriações. Ontem, também no Fallet, dois policiais investigavam uma denúncia de tráfico e tentaram abordar um grupo de oito a dez homens. Eles reagiram a tiros, e um dos policiais foi baleado. Segundo a polícia, deve ficar paraplégico. Nos dois casos, os policiais atacados teriam se recusado a entrar no esquema de corrupção da UPP.

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    “Por enquanto não podemos prestar informações detalhadas, porque o caso ainda está sendo investigado. Mas os policiais que comprovadamente estiverem envolvidos serão expulsos e processados”, afirmou o comandante da PM.

    Inaugurada em fevereiro, essa UPP atende 13 mil moradores e foi a 15ª das 17 unidades existentes hoje. A denúncia é o sétimo problema registrado em comunidades com UPPs em menos de dois meses. Conflitos entre policiais e criminosos ou moradores revoltados com ordens da polícia ocorreram recentemente no morro do Turano, na Cidade de Deus, na Providência, no morro de São Carlos e dos Macacos. Ontem, PMs da UPP da Providência, no centro, foram recebidos a tiros em uma casa quando investigavam uma denúncia de tráfico. Dez pessoas foram detidas e houve apreensão de drogas.

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