Brasil

CNJ mantém afastamento de Eduardo Appio da Lava-Jato em Curitiba

Decisão de corregedor foi motivada pela liminar de Dias Toffoli, que suspendeu o processo disciplinar contra o juiz

Por Da Redação
Atualizado em 20 set 2023, 22h29 - Publicado em 20 set 2023, 22h28

Eduardo Appio: o juiz foi afastado do comando da 13ª Vara Federal de Curitiba — CNJ decidiu manter Eduardo Appio afastado da Lava-Jato de Curitiba (Justiça Federal/.)

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, decidiu nesta quarta-feira, 20, manter o afastamento do juiz Eduardo Appio, que chefiou a 13ª Vara Federal em Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato.

Na mesma decisão, o ministro decidiu que o processo disciplinar aberto contra o magistrado em função do afastamento deve ser enviado ao CNJ, que passará a analisar o caso.

Em maio deste ano, Appio foi afastado pelo Conselho do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) após ser acusado de fazer uma ligação telefônica para o filho do desembargador Marcelo Malucelli para confirmar o parentesco. O advogado João Malucelli é sócio do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro em um escritório de advocacia.

Com base na acusação, o tribunal determinou o afastamento e considerou Appio suspeito para julgar os processos da Lava-Jato.

No entendimento de Salomão, Malucelli e a juíza Gabriela Hardt, que atuou como substituta de Moro, já respondem a processo no CNJ. Dessa forma, o caso de Appio também deve ser analisado pelo conselho.

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A nova decisão do CNJ foi motivada por uma liminar proferida na terça-feira 19 pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o processo disciplinar contra Appio, mas não decidiu sobre o afastamento dele da 13ª Vara Federal em Curitiba.

Na semana passada, o CNJ encontrou indícios de “gestão caótica” no controle de valores oriundos de acordos de delação e leniência firmados na Lava-Jato.

(com Agência Brasil)