O filme sobre a vida do empresário Eike Batista – que chegou a ocupar o sétimo lugar da lista dos dez homens mais ricos do mundo da revista Forbes, em 2012– ganhou novos capítulos nesta semana com o seu pedido de prisão na Operação Eficiência, mas, segundo a cineasta Mariza Leão, ainda não há data de filmagem nem de lançamento definidas.
Na quinta-feira, Eike foi o principal alvo da operação, um desdobramento da Lava Jato no Rio, que acusa o empresário de pagamento de propina no valor de 16,5 milhões de dólares ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) usando uma conta no Panamá. Para dar aparência de legalidade às transações, foi feito em 2011 um contrato de fachada de compra e venda de uma mina de ouro. Os valores ilícitos eram depositados numa conta no Uruguai, em nome de terceiros, mas o dinheiro era direcionado a Cabral.
Em 2016, Mariza Leão comprou os direitos para filmar “Tudo ou Nada – Eike Batista e a Verdadeira História do Grupo X”, livro da jornalista Malu Gaspar sobre a ascensão e queda do empresário, mas afirma que ainda está em busca de recursos para financiar o longa-metragem.
“Se, por um lado o assunto parece cada vez mais palpitante, fica claro entender a dificuldade que encontramos para captar. São tantas as empresas envolvidas com o esquema de Eike e tantos personagens públicos e privados que participaram da construção desses castelos de areia que as portas não se abrem facilmente. Vamos insistir mas ainda não temos data para as filmagens”, afirmou.
O filme será produzido pela Morena Filmes, de propriedade de Mariza, que já gravou produções como “Meu Nome não é Johnny” e “Meu Passado me Condena” 1 e 2. “Não tenho nada de objetivo sobre o filme. O que posso dizer é que esses últimos acontecimentos reforçam a importância de um filme sobre esse personagem. Além disso, dão consistência evidente sobre fatos narrados no livro da Malu Gaspar”, afirmou Mariza.