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Caso Henry: criminalista revela qual será estratégia de defesa de Jairinho

Conhecida como a 'advogada do tráfico', Flávia Fróes trabalha com a hipótese pouco crível de que o ex-vereador não teria culpa na morte do menino

Por Sofia Cerqueira Atualizado em 11 abr 2022, 15h38 - Publicado em 11 abr 2022, 15h26

No comando da defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, a advogada Flávia Fróes apresentará à Justiça argumentos pouco críveis para explicar a morte de Henry Borel, 4 anos. O menino veio a óbito na madrugada do dia 8 de março de 2021 num apartamento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde o parlamentar cassado vivia há três meses com o enteado e a namorada, a professora Monique Medeiros. A tese da criminalista, que defende líderes das maiores quadrilhas do país e se tornou conhecida como a “advogada do tráfico”, é que – na contramão de todo o trabalho da Polícia Civil fluminense – não houve homicídio. “Tanto Jairinho quanto Monique são inocentes. A criança teria morrido de causas naturais ou acidentais e não por ação violenta”, sustenta a criminalista.

Advogada de Jairinho, Flávia Fróes se prepara para disputar eleições

A tese defendida pela polêmica advogada – que pretende disputar as próximas eleições como candidata a deputada federal –, no entanto, esbarra em fatos irrefutáveis. No laudo do Instituto Médico Legal do Rio, com 36 páginas e assinado por oito peritos, são citadas 23 lesões no corpo do menino, com hemorragia interna por laceração hepática causada por ação contundente. A descrição derruba a versão sustentada por Jairinho e Monique na época da morte do menino. O casal alegava que ele teria caído da cama enquanto dormia. Em seu último depoimento à Justiça, em fevereiro passado, Monique – que ganhou a liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica, no último dia 5 – deixou claro que não corrobora mais com a alegação do ex-companheiro. “Só Deus, meu filho e Jairinho sabem o que aconteceu”, afirmou a professora. Ela e o ex-vereador são réus por homicídio triplamente qualificado, com emprego de tortura.

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Para fundamentar sua defesa de que o menino morreu de causa natural ou em decorrência de um acidente, Flávia Fróes se empenha em questionar a necropsia feita na época. Em sua primeira investida, no entanto, a advogada não foi bem-sucedida. Em decisão de 18 de fevereiro, a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio, não acolheu o pedido de suspeição feito pela defesa de Jairinho contra dois peritos que atuaram no caso. Com o intuito de impugnar as conclusões, Flávia e sua equipe alegaram supostas falhas técnicas na confecção dos documentos, além de falta de imparcialidade por parte dos profissionais.

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Recentemente, a criminalista, que tem entre seus clientes chefões do crime organizado, como Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-mar, chefões do Comando Vermelho (CV), foi acusada por Monique de tê-la ameaçado enquanto estava presa no Instituto Penal Oscar Stevenson, na Zona Norte do Rio. De acordo com a denúncia feita na Ordem dos Advogados do Brasil, ou a professora corroborava com a versão da defesa de Jairinho ou ela seria transferida ou “pega” na cadeia.

Flávia nega a acusação e, em contrapartida, representou na Justiça e na mesma OAB contra Monique e seus advogados com ações por “calúnia”. A criminalista alega que foi àquela prisão justamente para mostrar a professora sua tese e reafirmar que os “dois são inocentes”. Ali, acrescenta a advogada, teria buscado ainda informações sobre o histórico médico de Henry e que estes poderiam ajudar a fundamentar seus argumentos perante o judiciário.  “Jamais fiz ameaça alguma”, afirma. O caso ainda não tem data marcada para o julgamento.

 

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