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Cartel do metrô: Consultor nega pagamento de propina

O engenheiro Arthur Gomes Teixeira, sócio da Procint, desmente relatório atribuído ao ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, que atinge políticos

Por Da Redação
28 nov 2013, 11h04
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  • Apontado pelas investigações do Ministério Público de São Paulo sobre o cartel do metrô como lobista que intermediava o pagamento de propina a agentes públicos, o engenheiro Arthur Gomes Teixeira, sócio da Procint Projetos e Consultoria, afirmou que nunca pagou propina para políticos tucanos, nem de outros partidos. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, ele desmentiu o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, a quem é atribuído um relatório citando nomes de políticos do PSDB, DEM e PPS como supostos beneficiários do esquema de fraudes nas licitações de trens e metrô do Estado de São Paulo e do Distrito Federal. Rheinheimer afirma que soube da suposta propina pela sua proximidade com Teixeira.

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    “Isso é uma mentira, algo sem qualquer fundamento”, afirmou Teixeira. “Eu jamais poderia ter comentado com ele [Rheinheimer] uma coisa que não fiz. Conheci o senhor Edson Aparecido [atual secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo] e o deputado Arnaldo Jardim [PPS-SP] em eventos do setor metroferroviário, inaugurações. Nos meus negócios, nem o Jardim e nem o Edson tiveram qualquer tipo de influência. É evidente que não paguei nada. O Edson é uma pessoa muito simpática, a gente se viu umas poucas vezes, em eventos ligados à Secretaria dos Transportes ou em seminários. Eu tenho uma boa impressão dele, mas nunca tive nenhuma relação profissional com ele.”

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    OS ALVOS DO CARTEL

    2000

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    SP: Fornecimento de equipamentos para a Linha-5 Lilás do Metrô

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    Valor: 404 milhões de reais (735 milhões em valores atualizados)

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    2001-2002

    SP: Manutenção de trens da CPTM

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    Valor: 275,6 milhões de reais (483,9 milhões em valores atualizados).

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    2004

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    SP: Modernização da Linha-12 Safira da CPTM

    Valor: 276 milhões de reais (400,2 milhões em valores atualizados)e

    2005

    SP: Fornecimento de trens e equipamentos para Linha-2 Verde do Metrô

    Valor: 143,6 milhões de reais (202,7 milhões em valores atualizados)

    2007

    DF: Manutenção do metrô

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    Valor: 77 milhões de reais (103 milhões em valores atualizados)

    Após a divulgação do relatório atribuído ao ex-diretor da Siemens, políticos do PSDB acusaram o deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT) de ter adulterado um documento para atingir tucanos. Simão Pedro foi quem levou o texto ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O PSDB questiona por que acusações de formação de cartel nas obras do metrô de São Paulo chegaram à Polícia Federal pelas mãos de Cardozo, como informou em primeira mão o site de VEJA, e não através do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), como antes alegado em ofício pela própria PF.

    Em seu site, o PSDB divulga duas versões de uma correspondência encaminhada em 2008 ao então ombudsman da Siemens na Alemanha, Hans-Otto Jordan. Ambas trazem o carimbo da PF com a indicação das páginas do inquérito em que foram inseridas. São denúncias de práticas ilegais envolvendo contratos da Linha 5 do Metrô de São Paulo, CPTM e Metrô do Distrito Federal. O documento em português, de acordo com os arquivos divulgados pelos tucanos, cita pagamentos de propina a “políticos do PSDB” e ao “pessoal do PSDB”, mas o texto em inglês, não – embora mencione, nominalmente, lobistas e funcionários de estatais.

    A modificação, segundo PSDB, atesta o direcionamento político dos trabalhos de investigação conduzidos pelo governo federal. “No primeiro texto, que deu origem a essa denúncia em 2008, não consta parágrafo algum nem texto que envolva o PSDB ou pessoas do PSDB”, afirma Edson Aparecido. Ele diz que nem mesmo Rheinheimer confirmou o teor das acusações. “Os fatos ali retratados não condizem com a realidade e estão distorcidos.”

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    Leia também:

    PSDB acusa governo de usar cartel do metrô para encobrir mensalão

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