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Câmara pode decidir sobre deputados ligados a Cachoeira

Por Da Redação
1 abr 2012, 19h36

Por Andrea Jubé Vianna

Brasília – Um primeiro passo para a perda de mandato de cinco deputados investigados no inquérito em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira é esperado para a terça-feira. Até agora, estão envolvidos no esquema de exploração ilegal de jogos de azar em Goiás os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB), Jovair Arantes (PTB), Rubens Otoni (PT ) e Sandes Júnior (PP), todos de Goiás, além de Stepan Nercessian (PPS-RJ).

O presidente da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, deputado Francisco Praciano (PT-AM), e o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), reúnem-se com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para avaliar as denúncias contra deputados que manteriam ligações com o contraventor Carlos Alberto Ramos. Por ora, não há um entendimento sobre como lidar com os casos.

“É um escândalo, as águas sujas da cachoeira respingaram na Câmara”, disse Chico Alencar. Integrante da Frente Parlamentar, ele defende que os deputados citados no inquérito se expliquem à Corregedoria Geral da Câmara. Segundo o socialista, a meta é examinar caso a caso, e, havendo indícios veementes de quebra de decoro, é dever dos partidos representarem contra o parlamentar no Conselho de Ética.

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Neste domingo, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o deputado Carlos Alberto Leréia, aliado do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), recebeu R$ 100 mil de Cachoeira, além de ser sócio dele em um terreno avaliado em R$ 800 mil em um condomínio de luxo em Goiânia. Assim como o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o tucano usava um telefone da marca Nextel, cedido por Cachoeira e habilitado nos Estados Unidos, para dificultar grampos nas comunicações do grupo.

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), pediu um tempo para que o tucano possa se explicar. “Não prejulgamos ninguém, mas desejamos esclarecimentos”. Na mesma linha, o líder do PSDB, Bruno Araújo (PE), disse, por meio de sua assessoria, que não fará “qualquer juízo de valor neste momento” e assegurará a Leréia o pleno direito de defesa.

O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), sugere que Leréia e os demais citados no inquérito se licenciem dos mandatos para prestar esclarecimentos à Câmara. “Nós cobramos de todos, a começar dos nossos”, diz Bueno. O deputado do partido Stepan Nercessian (RJ) pediu licença temporária do partido e dos cargos que ocupa na Câmara, mas não do mandato. Nercessian confirmou ter recebido R$ 175 mil de Cachoeira.

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