Com papel cada vez mais destacado no cenário econômico internacional, o Brasil está em alta entre os principais países emergentes do planeta. Entre 2006 e 2007, o país registrou o maior crescimento dos investimentos diretos estrangeiros entre os integrantes do Bric, grupo que, além do Brasil, inclui China, Índia e Rússia. De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o volume dobrou.
Conforme reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, os investimentos diretos no país saltaram de 18,8 bilhões de dólares em 2006 para o significativo resultado de 37,4 bilhões de dólares em 2007. Em 2008, até julho, o valor já chega perto dos 20 bilhões de dólares, um sinal de que o país pode repetir o total de 2007, apesar da tendência internacional de forte redução do fluxo de investimentos, de até 37%.
Os números mostram que a situação atual é bem diferente do quadro registrado no início da década, quando o banco de investimentos Goldman Sachs criou o termo Bric e os economistas estrangeiros criticaram a inclusão do Brasil entre China, Rússia e Índia. Agora, ninguém mais questiona esse status no exterior. Multinacionais e fundos estrangeiros estão cada vez mais atentos às possibilidades de negócio em território brasileiro.
“O Brasil está passando por novas fases de crescimento, diferente dos vôos de galinha de antes. Os investidores agora conseguem enxergar a longo prazo”, explicou Luis Afonso Lima, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), em entrevista ao Estado. A Sobeet, que elaborou o levantamento da Unctad, o país só perde para a Rússia no crescimento do mercado local.
- Leia também: “O Brasil decepcionou”, diz economista inglês que criou o termo BRIC